A reunião do Comitê Emergencial de Crise da Educação na Câmara Municipal realizada nesta quinta-feira, dia 27 de maio, contou com a presença de Selma Anequini Costa, da Divisão de Vigilância Epidemiológica - DVE da Coordenadoria de Vigilância em Saúde – COVISA, que respondeu a diversos questionamentos dos presentes, inclusive de dirigentes do SINESP, que compareceram em peso à sabatina.

Inicialmente, a doutora Selma apresentou dados epidemiológicos, que mostraram que a cidade se encontra em patamar bastante alto de coeficiente de incidência da Covid-19 na população. Apesar de queda, ainda há um número grande de internações, o que é preocupante em vista da chegada de novas variantes, principalmente da variante indiana, que já se mostrou mais transmissível do que as outras cepas.

Selma indicou que há cerca de 500 casos por dia de notificações por doença respiratória grave. A conclusão do órgão, em vista deste quadro, é que é preciso reduzir a circulação de pessoas frente a essa nova realidade.

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Ao ser questionada por Christian de Mello Sznick, Diretor de Imprensa do SINESP, sobre protocolos para fechamentos das Unidades Escolares, quando surgem casos suspeitos ou confirmados, que diferem em cada região, a especialista afirmou que não era pra haver essa discrepância e que vai levar essa preocupação a nível gestor já que o protocolo existe para ser aplicado de forma uniforme em todo o território.

A representante da COVISA esclareceu ainda que não precisa haver a confirmação do caso para haver afastamento do aluno ou profissional de educação. "A gente não afasta apenas casos confirmados, afasta casos suspeitos", assinalou.

Selma assinalou ainda que o inquérito sorológico revelou que a exposição ao vírus dos profissionais da Educação é semelhante ao da população em geral - 27% de prevalência no grupo Educação enquanto o do restante da população fica em torno de 30%.

A dirigente do SINESP Marcia Simões também trouxe relatos de demoras no fechamento de unidades escolares que resultaram em surtos na DRE Santo Amaro. A também presidente do Conselho de Alimentação Escolar também destacou que a falta de uma nutrição adequada deixa ainda mais vulneráveis as famílias frente à contaminação pela covid.

Rosana Capputi, diretora de Eventos Educacionais do SINESP, questionou a representante da COVISA quanto à dificuldade de acesso do direito dos profissionais da Educação à vacinação por conta da burocracia e o por quê de só estarem sendo vacinados maiores de 47 anos dentro desse grupo.

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