Luta Antirracista

No mês da Consciência Negra, o SINESP oferece aos filiados um curso livre, sem concessão de certificado, intitulado A luta antirracista nas obras de Lélia Gonzalez e Neusa Santos. Nessa formação, o Prof. Dr. Douglas Rodrigues Barros apresenta as contribuições fundamentais da filósofa e ativista do Movimento Negro Lélia Gonzalez e da psiquiatra e psicanalista Neusa Santos para a luta antirracista no Brasil.

Curso Livre (sem certificado): A luta antirracista nas obras de Lélia Gonzalez e Neusa Santos

Ministrante: Prof. Dr. Douglas Rodrigues Barros

Datas: 9, 16, 23 e 30 de novembro

Horário: das 19h às 21h

Formato: on-line, pela plataforma Zoom

Vagas: limitadas

Inscrições: de 23 a 31 de outubro

As inscrições podem ser feitas das 9h às 17h pelos telefones do SINESP 3255-9794 e 3116-8400 e pelo WhatsApp 3116-8400.

Lélia Gonzalez

Lélia de Almeida nasceu em Belo Horizonte (MG) em 1º de fevereiro de 1935. O sobrenome Gonzalez foi incorporado na década de 1960, quando ela se casou com o espanhol Luiz Carlos Gonzalez.

Aos oito anos ela se mudou, com toda a família, para o Rio de Janeiro, onde viveria até o fim da vida, em 10 de julho de 1994 em decorrência de problemas cardiovasculares.

Graduada em História e Geografia, era, também, bacharel em filosofia pela Universidade Estadual da Guanabara (atual UERJ). É autora dos livros Lugar de negro e Festas populares do Brasil.

Com atuação de grande destaque no Movimento Negro, foi cofundadora, em São Paulo, do Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNUCDR, que, tempos depois, teve a sigla reduzida para MNU). Abordou, também no Movimento Negro, a temática do sexismo.

Estes são apenas alguns dos inúmeros feitos dessa personalidade fundamental na luta antirracista brasileira.

Neusa Santos

Neusa Santos Souza nasceu em 30 de março de 1948 em Cachoeira (BA).

Estudou medicina na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Na década de 1970 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fez o mestrado, cuja tese resultou no renomado livro Tornar-se negro – as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social, na década de 1980.

Neusa Santos é extremamente importante para a história do Brasil e impactou de forma definitiva os estudos sobre saúde mental no país. Foi ela a primeira pesquisadora a apresentar, de forma científica, os impactos negativos do racismo na saúde mental da população negra, tornando-se, dessa forma, um dos maiores nomes e uma referência na luta antirracista no Brasil.

Neusa foi uma das responsáveis pelas primeiras experiências da Reforma Psiquiátrica Brasileira, no Centro Psiquiátrico Pedro II, no Engenho de Dentro, local que havia recebido, anteriormente, trabalho importante de Nise da Silveira.

Em 20 de dezembro de 2008, aos 60 anos, pôs fim à vida no Rio de Janeiro. Apesar do desfecho trágico e precoce, sobretudo pelas imensas contribuições que ainda poderia ter dado em sua área de atuação, Neusa Santos deixou um legado fundamental para a luta antirracista.

Prof. Dr. Douglas Rodrigues Barros

Psicanalista, doutor em ética e filosofia política pela Unifesp, ensaísta e autor dos livros Lugar de negro, lugar de branco? Esboço para uma crítica à metafísica racial e Hegel e o sentido político.

Fontes: UFMG, Unicamp, Geledés, UFRJ e SBMFC

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