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O SINESP participou da Marcha da Consciência Negra neste 20 de novembro, que pela primeira vez foi feriado nacional graças à luta que levou à promulgação de um decreto presidencial no final de 2023.

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Foto: Norma Lúcia, Flordelice Magna, e Maura Maria, dirigentes do SINESP, na concentração para a Marcha do Dia da Consciência Negra que neste ano teve como tema “Palmares de pé, racismo no chão! Zumbo e Dandara vivem em nós!

 

A Presidente do SINESP, Norma Lúcia Andrade, foi uma das representantes do Sindicato na mobilização e enfatizou a importância do engajamento na luta contra o racismo e todas as desigualdades sociais, que é um compromisso histórico que o SINESP assume, tendo como base principal os princípios e lutas aprovados nos Congressos da categoria.

Entre eles está a busca incessante de meios para combater o preconceito, a discriminação, o racismo, a xenofobia, a homofobia, a misoginia e a intolerância correlata, visando à valorização e ao respeito à diversidade.

Também consta entre as lutas o fortalecimento pelo SINESP de formação, núcleos de discussão, campanhas e ações afirmativas contra todos os tipos de discriminação, racismo e preconceitos com referência a negros e negras, indígenas, migrantes, opção política, religiosa, gênero e sexualidade, misoginia, idade e condição de deficiência - intelectuais, físicas, auditivas e visuais, e Transtorno do Espectro Autista (TEA). E a mobilização para garantir a implementação dos dispostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, em prol de uma educação antirracista.

Nesse sentido, o SINESP organiza formação para a categoria voltada a uma educação antirracista com cursos presenciais e EaD, palestras em congressos, conteúdos em podcasts e no SINESP diálogos.
Também traz trabalhos desenvolvidos em escolas da RME, como o projeto da EMEI Dona Leopoldina, que será apresentado pela equipe responsável no SINESP Diálogos de 26/11/2024 e mostra a força de PPPs bem montados e dirigidos.

O Sindicato também participa e incentiva a participação dos filiados nas mobilizações do Dia da Consciência Negra e outras, como a Marcha das Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, no sentido de fomentar as lutas pela inclusão e pelo fim do racismo e toda forma de preconceito e discriminação.

 

Estudo do DIEESE mostra que desigualdade racial e de rendimentos persiste no Brasil

Apesar dos avanços observados no mercado de trabalho nos últimos anos, essas melhorias não chegaram de forma uniforme para todos os grupos raciais que compõem o país.

Essa é a conclusão do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em boletim especial feito em virtude do Dia da Consciência Negra, celebrado no Brasil em 20 de novembro.

Nem mesmo a melhora do Índice da Condição de Trabalho (ICT-Dieese), que teve avanços significativos em 2022, 2023 e 2024, foi capaz de reduzir a desigualdade racial de renda no Brasil.

As estatísticas levantadas no documento mostram os principais desafios da população negra no mundo do trabalho e confirmam que a situação dos negros é pior do que a do restante da população, resquício do longo período de trabalho escravo que insiste em se manter presente na sociedade e que tem no mercado de trabalho um dos meios em que a discriminação racial e a desigualdade são mais evidentes. 

Os dados levantados pelo DIEESE mostram, por exemplo, que:

  • 57% da população brasileira se declara negra e esse grupo tem renda média 40% menor que o dos não negros;
  • Negros ocupam 27% dos postos de trabalho nas dez profissões mais bem pagas;
  • Negros são 70% dos trabalhadores nas dez profissões com menores rendimentos;
  • A taxa de desocupação dos negros é de 8% contra 5,5% dos não negros;
  • Um a cada 48 homens negros ocupados exerce cargos de liderança, enquanto entre os não negros esse número é de um a cada 18.
  • O rendimento médio dos negros é 40% inferior ao dos não negros
  • Os negros com ensino superior ganham 32% a menos que os demais trabalhadores com o mesmo nível de ensino, diferença que pouco se alterou com a Lei de Cotas
  • Os negros recebem, em média, R$ 899 mil a menos que os não negros ao longo da vida laboral. Entre os que possuem ensino superior, o valor chega a R$ 1,1 milhão
  • Nas 10 profissões mais bem pagas, os negros representam 27% dos ocupados, mas são 70% dos trabalhadores nas 10 ocupações com os menores rendimentos
  • Uma em cada seis mulheres negras trabalha como empregada doméstica. O rendimento médio das domésticas sem carteira é R$ 461 menos que o salário mínimo

O estudo do Dieese não surpreende ao ratificar que ainda há muito a ser percorrido no Brasil em busca da igualdade racial e de rendimentos.

►Confira AQUI o estudo completo.

VEJA AQUI DADOS DA PESQUISA SOBRE A INSERÇÃO DA POPULAÇÃO NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL.

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