A Dirigente do SINESP Rosana Capputi denunciou na Audiência o abandono da educação de jovens e adultos pela Secretaria de Educação e a administração municipal, que fecha salas em vez de ampliar a oferta e divulgar adequadamente para a população.
O fechamento de salas de aulas da EJA (Educação de Jovens e Adultos) foi tema de uma Audiência Pública realizada na Câmara Municipal de São Paulo na quinta, 22 de junho. De forma inédita, ela foi convocada pelas Comissões de Educação da Câmara Municipal e da Câmara dos Deputados.
Rosana Capputi usou espaço de fala na Audiência para lembrar que o Sindicato denuncia o extermínio de vagas da EJA há tempos e, portanto, o descaso da prefeitura e da SME não é novo e não se dá por ignorância da situação.
Segundo ela, os Planos Regionais de Educação das 13 regiões da cidade datam de 2018 e realçam iniciativas para a superação do analfabetismo, parte das diretrizes dos Planos Nacional e Municipal de Educação.
O que vem ocorrendo com a EJA na cidade de São Paulo contrasta, portanto, com o que preconizam todos esses planos no sentido da superação do analfabetismo e da ampliação da escolaridade média da população, em particular com o acesso de pessoas com 15 anos ou mais ao sistema de ensino.
O governo municipal e a pasta da educação tinham de ampliar a oferta de salas de EJA, com divulgação e chamamento público amplo para a população. Mas fazem movimento inverso ao fechar salas e abrir polos insuficientes para atender as diferentes regiões de uma cidade grande como São Paulo.
Assim, o que se vê é o poder público desestimulando os cidadãos a concluir seus estudos, exatamente o contrário do que deveria fazer, que é oferecer uma educação de qualidade com vagas em acordo com as necessidades e apoios como alimentação adequada e transporte.
Para Rosana, esse descaso que tem que ser denunciado, com ações e pressão sobre o governo e seus órgãos para cumprirem a legislação.
Veja a fala da dirigente do SINESP na Audiência
