O SINESP organizou uma live e várias atividades especiais para abordar a temática feminina no dia 8 e em todo o mês de março, com o objetivo de informar, formar e levantar debates junto à categoria quanto à emancipação social das mulheres, ao feminicídio e outros problemas enfrentados por elas, à importância das políticas públicas de incentivo e apoio, bem como de uma legislação clara em combate às desigualdades, à misoginia e à violência!

 

Atividades programadas pelo SINESP no Mês Internacional da Mulher 2022:

 

Cine Debate Especial Mulheres traz a "A filha perdida"

11 de março, 16h30 – O filme está disponível na NetFlix

Inscrições 08 e 09 de Março

https://www.sinesp.org.br/cfcl-sinesp/14063-cine-debate-especial-mulheres-traz-a-a-filha-perdida

 

Clube de Leitura Especial Mulheres analisa "O papel de parede amarelo", de Charlote Perkins Gilman

Sexta, 25 de março, 16h30.

Inscrições: 22 e 23 de Março

https://www.sinesp.org.br/cfcl-sinesp/14064-clube-de-leitura-especial-mulheres-analisa-o-papel-de-parede-amarelo-de-charlote-perkins-gilman

 

Música em Debate Especial Mulheres tem pocket show com Hosana Anjos

04 de março, 16h30 - Inscrições 02 e 03 de Março.

https://bit.ly/MusicaDebateMulher

 

Live Especial MULHERES: a luta pela conquista e manutenção de seus direitos

Quarta, 09 de março, 18h30, pelos canais do SINESP no Youtube e no Facebook

Com Thaís Gava, Raphaela Pinheiro e Flordelice Mágna Ferreira

https://www.sinesp.org.br/14078-live-especial-mulheres-a-luta-pela-conquista-e-manutencao-de-direitos

 

Em defesa da vida, da democracia, da justiça social e de direitos!

O 8 de Março é um dia para reforçar o combate social à discriminação e à violência que as mulheres sofrem num mundo majoritariamente patriarcal e machista!

É um dia de combate às discriminações e diferenças. De dizer não à violência doméstica e social e ao feminicídio que se mantêm como pragas sociais. De exigir que sejam abertos cada dia mais horizontes e perspectivas, dando liberdade para as mulheres escolherem seus caminhos com segurança e base de apoio, seja pela maternidade, por uma carreira profissional ou acadêmica, ou ambas.

Fazer do 8 de março um dia de luta é contribuir para a emancipação da mulher. Isso assusta o universo masculino acostumado a posições de poder. Mas angaria muitos parceiros que sabem respeitar a igualdade de direitos, que estão juntos na luta por espaço, suporte e base para isso, que aprenderam a direcionar parte de suas energias para o cuidado com a casa e com a família.

Junto com as mulheres, esses homens são muito importantes para a sustentação das novas e variadas organizações familiares, parte delas muito desafiadoras que geram, em alguns casos, polêmicas e opiniões diversas e são decisivas para a ampliação do debate sobre gênero.

Arcaísmo patriarcal

As conquistas que ajudam a elevar as mulheres a um patamar de direitos próximo ao dos homens atingem em cheio o legado patriarcal, no Brasil piorado pelos séculos de escravidão.

Elas atacam e desconstroem o poder masculino a partir de suas bases e abrem as portas para o protagonismo social feminino, para a bem-vinda feminização de uma sociedade masculinizada e brutalizada.

Hoje, essa luta e esse avanço enfrentam também o individualismo e a meritocracia difundidos socialmente pelos partidários do neoliberalismo que se projetam como intelectuais midiáticos. São eles os responsáveis por difundir ideologias dominantes a partir de posições privilegiadas.

Fazem isso personalizando situações a partir de casos chocantes, chamativos e revoltantes. Apelam para a emoção e chamam as mulheres a atitudes heroicas, bem como negros e a população LGBTIA+.

É um método para apenas tangenciar a definição e a proposição de políticas públicas. Para esquecer propositadamente qualquer esforço por elas, como a criação de espaços e abrigos a quem sofre violência doméstica ou de gênero.

Esses sequazes do neoliberalismo querem, ao final, esconder a situação social, as questões e as lutas das minorias, enterrá-las em valas que, em vários aspectos, são semelhantes às do fascismo.

Representação feminina

A luta pela destruição de estereótipos femininos é essencial para trazer as mulheres ao protagonismo social no trabalho, nas universidades, à frente das famílias, das escolas, das empresas, de tudo, inclusive dos partidos políticos.

A representação política da mulher precisa crescer para ajudar suas conquistas a serem reconhecidas, cristalizadas e institucionalizadas.

Sobretudo nesse Brasil que passa por um embate histórico. Que assiste ao fortalecimento de uma extrema direita difusora da desconstrução de caminhos e ideias duramente edificados, da destruição de direitos e espaços democráticos que vieram com anos de luta, da reação a qualquer avanço que envolva o universo das mulheres, dos LGBTI+, dos grupos raciais historicamente discriminados, de idosos e crianças, entre outras minorias sociais.

Dificuldades à parte, os avanços se mostram em todos os lugares em que as mulheres estão atuando. Mas é justamente nos espaços de poder político que eles sofrem maior resistência. Os homens ainda ocupam a maioria absoluta dos cargos. Sustentam o domínio do poder de decisão na formulação de leis que promovem e validam conquistas e direitos.

Apesar de representar cerca de 53% de todo o eleitorado brasileiro, elas continuam minoria nos cargos eletivos. E isso precisa mudar para que venham mais avanços na luta das mulheres por igualdade de direitos.

Essa luta é de homens e mulheres que almejam um futuro com mais justiça e igualdade social. Essa é uma das prioridades do SINESP, ancorada em princípios e lutas aprovadas pela categoria em seus Congressos Sindicais.

90 anos da conquista do voto feminino no Brasil

A conquista do direito ao voto feminino no Brasil ocorreu há 90 anos, no dia 24 de fevereiro de 1932. É recente, o que expõe o quanto durou a discriminação às mulheres no país.

A luta das mulheres pelo direito de votar e de serem eleitas ganhou corpo no início do século XX, a partir do movimento sufragista brasileiro. Mas o exercício de direitos políticos só seria estendido às mulheres em 1932, quando o novo código eleitoral do país entrou em vigor, no governo provisório de Getúlio Vargas. Dois anos depois, em 1934, o voto feminino passou a ser previsto pela Constituição.

Essa conquista foi um marco para a luta pela igualdade e proporcionalidade entre os sexos, em direitos e obrigações. Mas, como descrito acima, as mulheres ainda são minoria na política nacional. De acordo com matéria do site da Câmara dos Deputados, “No Brasil, a Câmara dos Deputados possui apenas 15% de mulheres; e o Senado Federal, 12%. Em âmbito municipal, novecentos municípios não tiveram sequer uma vereadora eleita nas eleições de 2020”.

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