Representante dos Gestores Educacionais da RME de São Paulo, lugar de organização e resistência, o SINESP vive a gestão democrática em sua plenitude, e saúda o centenário de nascimento do educador Paulo Freire.
Na atual conjuntura adversa, governantes reacionários buscam a todo custo diminuir a história de Paulo Freire e desmerecer seu legado, tentando inclusive tirar-lhe o título de patrono da educação brasileira. Não conseguiram, porque os núcleos centrais de sua obra estão muito acima da possibilidade de desgaste. São partes consistentes de um processo de educação necessário num mundo em que as desigualdades política, econômica e social imperam e moldam consciências e formas de viver.
Foto de Paulo Freire e Erundina com a vice-presidente do SINESP, Maria Benedita de Castro de Andrade, a Benê (à frente dele na foto) na EMEF Capistrano de Abreu
Ataques ao legado do Educador neste momento estão resguardados por liminar. A Justiça Federal do Rio de Janeiro proibiu o governo federal de "praticar qualquer ato institucional atentatório a dignidade do professor Paulo Freire".
O SINESP tem como princípio, ratificado nos congressos da categoria, a GESTÃO DEMOCRÁTICA, um dos legados do importante educador brasileiro.
"A base de ação e luta do SINESP está em ser um Sindicato cidadão, mobilizado para trazer a voz dos gestores que estão na base, engajados na proteção dos direitos de todos e todas que lutam para fazer das escolas espaços de produção cultural, e dos gestores formuladores de politicas públicas e não apenas executores. Paulo Freire defendia a escola feliz, agregadora, fundada numa Educação participativa, democrativa, preocupada com a formação cidadã", salienta a dirigente do SINESP Marcia Simões, que também é membro do CRECE Central, do Pacto Educativo Global e do Coletivo Paulo Freire.
A Escola Pública tem uma luta importante pela ampliação de sua autonomia, preconizada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de forma progressiva. Esta autonomia passa pela importância da valorização da Gestão Democrática.
O SINESP apoia e incentiva a participação das famílias e alunos nas Unidades Educacionais, nos órgãos colegiados! Por isso a parceria do SINESP com o Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola, CRECE, é uma realidade que já vem de longa data. O resultado é que a parceria escola-comunidade saiu ainda mais fortalecida sobretudo nesse momento delicado de pandemia.
O CRECE é um colegiado importante para a defesa dos instrumentos de participação escolar. Ele é uma ponte para configurar uma ação conjunta entre a Gestão das Escolas e as famílias nesse momento crítico da pandemia, em que a discussão sobre a reabertura das escolas ganha os holofotes e assusta a todos os envolvidos com o ambiente escolar.
O SINESP também atua no Comitê de Crise da Educação na Câmara Municipal de São Paulo, como forma de fazer valer a colaboração de todos na construção de um melhor cenário para a educação no município.
Em tempos de pandemia, os gestores educacionais, tendo sempre o SINESP como importante aliado, tiveram que se reinventar, e reagiram rapidamente para iniciar as ações para garantir o atendimento à comunidade logo que saiu o decreto do Prefeito que determinou o fechamento das escolas, em março de 2020.
Na luta em defesa da democracia
O SINESP tem como príncípio a defesa de mecanismos e colegiados que propiciem a Gestão Democrática, através da livre expressão de todos seus segmentos, participação da comunidade escolar nas decisões da Unidade Educacional.
Na cidade de São Paulo, o advento dos Conselhos de Representantes dos Conselhos de Escola, CRECE, se tornou um colegiado de extrema importância para a defesa dos instrumentos de participação escolar.
Conflitos nas Unidades Educacionais passam pelo diálogo e construção da mediação entre as partes. A construção da Cultura de Paz necessária na Sociedade tem espaço no debate nas Escolas. O Gestor Educacional, por sua vez, é o articulador do processo da Gestão Democrática, que é princípio basilar no SINESP.
Confira aqui a Luta do SINESP e materiais para promoção da Democracia nas Unidades Educacionais.
