Acaba de ser lançada no YouTube a série Sabores da Agricultura Familiar, uma realização do Instituto Kairós, UMAPAZ e da Prefeitura de São Paulo, em parceria com o SINESP, entre outras entidades, que reúne agricultores familiares, gestores públicos e educadores com alunos das escolas municipais da cidade e seus familiares.

Ricos em dicas criativas e pedagógicas, os programas mostram que é possível levar, da horta ao prato, alimentos com certificado orgânico ou produzidos em propriedades com transição agroecológica. O primeiro capítulo da série se chama "Programa 1 - 1, 2 feijão com arroz e o 3....é banana no prato!".

"É preciso garantir alimento e não basta também ser qualquer alimento que engane a fome. Precisa ser um alimento que sustente o corpo que sustente a alma. A boa alimentação tem a ver com a saúde física e também a mental e emocional. O organismo saudável aprende melhor!" (Marcia Simões, dirigente do SINESP e presidente do CAE)

A participação do SINESP e do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) nos CRECE e no CRECE Central é permanente. "Estamos em ação educacional dentro das escolas para que as famílias façam melhor uso dos alimentos, a fim de aproveitar todo o poder nutricional", assinala Marcia Simões.

"A série vai incrementar a questão da educação alimentar no debate com as famíiias, no sentido de evitar o desperdício e aproveitar todo o potencial nutritivo dos alimentos", ressalta a dirigente do SINESP. 

Ailton Amorim vice-presidente do CAE e membro do CRECE de Santo Amaro reforça A importância da educação alimentar para as famílias, a partir de experiências de sua vida cotidiana como pai de aluno da rede.

Em cinco anos, toda a alimentação escolar na Capital será orgânica

Marcia Simões aponta ainda a importância do.gestor escolar participar ativamente da formulação de políticas públicas que digam respeito ao cotidiano da escola. Alimentação escolar é um direito social humano previsto em lei e não pode se confundir com ações de assistência social, pois é parte do currículo trabalhar a educação alimentar nutricional mas é tarefa da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social mapear, planejar e executar as ações de atendimento aos vulneráveis inclusive dando suporte às unidades escolares.

Por isso a importância dessa série, sublinha a dirigente: "O programa tem o caráter de oferecer subsídios para ampliar o olhar da comunidade escolar sobre o tema da educação alimentar e, mais que isso, de garantir qualidade de vida". 

"Essa série de vídeos foi fruto de uma construção iniciada no meio de uma pandemia para garantir o cumprimento da lei federal 13.987 e se transforma em ação efetiva que se pretende capaz de estimular a produção orgânica saudável que respeite todo o processo de produção e amplie a transição agroecologica no Programa de Alimentação Escolar, destacando que a cidade de São Paulo tem uma lei que prevê que, até 2026, toda alimentação escolar terá que ser 100% orgânica com prioridade de aquisição da agricultura familiar.", Marcia Simões.

>>> O primeiro capítulo já está no ar. Confira abaixo:

A série tem quatro eixos principais:

  • É possível
  • De onde vem?
  • Conexão de Valores
  • Dicas para Cultivar e Criar

No lançamento da série, realizado no dia 7 de junho em live no YouTube, Jossélia Fontoura, Coordenadora da Coordenadoria de Alimentação Escolar /Secretaria de Educação do município de São Paulo, destaca que tem muita gente trabalhando para que isso dê certo, em prol das crianças que têm na escola a referência de uma boa alimentação. "Vamos buscar cada vez mais o alimento in natura e isso não vai parar por aqui", assinala a gestora. 

>>> Confira abaixo como foi o lançamento da série Sabores da Agricultura Familiar, no dia 7 de junho, em live no YouTube

Rogério Pereira Dias, Presidente do Instituto Brasil Orgânico, destaca que a luta não é só por segurança alimentar mas por SOBERANIA ALIMENTAR, contra o reducionismo nas dietas, daí a importância da agrobiodiversidade. E também, segundo ele, trata-se de garantir o acesso dos agricultores familiares ao conhecimento nos manejos, sem agredir o planeta e as pessoas, e do acesso de toda a população aos produtos orgânicos.

Pra promover aos alunos das escolas públicas municipais a melhor alimentação possível, também é preciso incentivar os ciclos curtos, ou seja, agricultores o mais próximos da escola possível para que esse alimento chegue mais fresco na mesa das crianças, pontua Isabella Figueiredo, Chefe de Divisão de Desenvolvimento da Agricultura Familiar do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).  liveagriculturainternav2

Também estiveram presentes representantes do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), entre eles a dirigente do SINESP, Marcia Simões, que é presidente do conselho, reforçando mais ainda o empenho do SINESP na questão da alimentação escolar que se faz presente no apoio ao programa e na atuação no CAE em todos esses anos. Além disso, o SINESP busca o debate permanente da questão no Comitê Emergencial de Crise da Educação da Câmara de Vereadores de São Paulo.

Franchesco B. Mota, aluno de escola municipal de São Paulo, que participou da série, trouxe a visão do estudante, que está totalmente engajado na busca pela alimentação de qualidade na rede.

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