Ao gerar filas e aglomerações de profissionais da Rede Municipal de Educação nos CEUs nesta segunda-feira, dia 5 de abril, a SME provou definitivamente que sua preocupação não é a preservação da saúde e da vida nem o combate à doença.

O arranjo feito contraria o Plano Emergencial do governo do Estado, todos os protocolos sanitários internacionais e invalida o próprio sentido da testagem, porque grande parte dos profissionais que testarem negativo, podem estar positivos no dia seguinte, contaminados na aglomeração da SME.

Agir dessa maneira no pior momento da pandemia no país e na cidade expõe, além do desrespeito com os profissionais de educação e a comunidade escolar, a ausência de empatia, de humanidade, de diálogo e de competência com que a secretaria vem lidando com a situação pandêmica, e também abre dúvida quanto ao que a move, quais interesses ela visa a atender e quem os representa.

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Circulação e contágio

Além de aglomerar nos CEUs e potencializar a contaminação, a SME promoveu a circulação de milhares de trabalhadores pela cidade de São Paulo em prazo exíguo, ampliando o risco para toda a sociedade. "A SME tem que ser mais responsável, evitando aglomeração", pontua Norma Lúcia Andrade dos Santos, diretora do SINESP.

Foram escaladas cinco escolas por hora - o que envolve aproximadamante 200 profissionais nesse curto período. "Somos favoráveis à testagem, com segurança e melhor organização", destaca a dirigente. 

Christian Silva Martins de Mello Sznick, também diretor do SINESP, conta que, em alguns locais, como os CEUs Paulistano, Capão Redondo e Vila Rubi, os kits de testagem acabaram em poucas horas de atendimento.

Além disso, divulgaram as listagens dos convocados somente no final de semana. "Em todos os 46 CEUs vemos filas e mais filas. A aglomeração promovida pela própria SME está em despropósito com o atual momento da pandemia", salienta.

A testagem de todos os profissionais da Educação é pauta de reivindicação das Entidades Sindicais, reunidas no Fórum das Entidades, do qual o SINESP faz parte.

Se houver um pingo de seriedade e bom senso na cúpula dirigente da SME e de respeito à vida e à saúde dos profissionais da Educação da RME, ela vai reconhecer o erro absurdo que promoveu, vai refazer a testagem e a organizar da forma adequada, com garantia de segurança e distanciamento social, em vários dias para o comparecimento de pequenos grupos nos locais para que não haja aglomeração.

Vacinação para todos

Está previsto para 12 de abril o início da vacinação dos Profissionais de Educação com 47 anos ou mais que estão na ativa.

O SINESP e a demais Entidades do Fórum solicitaram reunião urgente com a SME para discutir os problemas contidos no anúncio feito pela Secretaria mais uma vez sem escuta, diálogo e negociação com a categoria e seus Sindicatos.

Precisam ser resolvidas questões como:

●a ausência de vários grupos de profissionais no comunicado, como os dos MOVAs, do quadro de apoio e os vigias,além dos Profissionais em DREs e orgão central;

●a falta de acesso ao holerite por quem teve desconto da greve, cuja impressão é exigida para fazer o cadastro da vacinação;

●o recorte em 47 anos para a vacinação, inexplicável porque não há recorte de faixa etária para o trabalho, nem separação nas unidaes ou algo que sustente esse decisão arbitrária;

●a ausência de um cronograma para a vacinação da totalidade da categoria.

Essas e outras questões têm de ser resolvidas imediatamente com discussão e negociações verdadeiras!

A SITUAÇÃO É GRAVE, ENTÃO É GREVE!

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