●Mesmo com a fase emergencial mostrando que a situação piorou, os governos seguem expondo os Gestores Educacionais ao vírus, sem ações para preservar a saúde e suas vidas, deixando claro que pra eles isso pouco importa!

●O SINESP reafirma as reivindicações e a greve e chama a categoria para a luta!

Em 21 de março de 2020 o governo de São Paulo anunciou estado de quarentena por 15 dias  O fechamento obrigatório de todo o comércio e serviços não essenciais —lojas, bares, cafés e restaurantes, esses ficando no sistema delivery - visava ao combate à pandemia de coronavírus.

Mas a quarentena não funcionou como deveria.

Os governos não tiveram a firmeza necessária. Cederam à pressão do capital, dos empresários, dos bancos, donos de dinheiro que queriam manter os lucros de sempre. E colocaram a economia acima da vida!

Sobressaiu o negacionismo terraplanista.

E faltou uma campanha nacional coordenada pelo governo federal, de orientação, de garantia de atendimento a todos, de pesquisa e compra de vacinas, de ajuda financeira duradoura e suficiente para os trabalhadores necessitados, pequenos e médios negociantes.

De quarentena a negligência e emergência

Um ano depois, com média diária de 2.000 mortos, 278 mil mortos e 11 milhões e 500 mil casos confirmados da doença no total, UTIs lotadas e sistema de saúde em colapso, o governo estadual foi obrigado a reconhecer a emergência.

A fase emergencial na qual o nível de restrição deveria levar as pessoas a se aquietar, evitando assim aglomerações e contatos que podem levar à contaminação, também não está funcionando.

Até houve manifestações contra ela em várias cidades do país. Chamados pelo presidente, seus apoiadores foram às ruas, sem máscara, dizendo defende-lo (de quê e de quem?) e pedindo uma intervenção militar para instalar uma ditadura com ele no poder contra o STF e o comunismo.

E são contra as medidas de restrição dos governadores. Economia acima da vida. E claro, nem uma palavra sobre auxílio que o governo deveria garantir à população necessitada e pequenos negócios. O dinheiro é do povo, pago com impostos. E vai tudo para os bancos.

Estão na Terra plana ou em Marte?

Trabalhadores morrem na linha de frente

A quantidade de exceções abertas pelo governo, os chamados serviços essenciais, é tamanha que faz a decretação de emergência parecer encenação. E querem as escolas abertas em meio a uma situação de guerra. O que fazem é um acúmulo de abuso de poder, negligência, irresponsabilidade, individualismo e falta de solidariedade.

Quem adoeceu, precisando ou não de internação, viu o sofrimento de outros ou perdeu um ente amado sem nem poder realizar um funeral normal, sabe que a emergência é real e precisa ser enfrentada com atitude.

As próximas semanas devem servir para reduzir a contaminação. Chega de banalizar a morte. Perdas econômicas podem ser recuperadas, vidas não.

Por isso, a direção do Sindicato reafirma as reivindicações da greve da categoria:

FECHAMENTO DAS ESCOLAS E A COLOCAÇÃO DE TODOS EM HOME OFFICE, INCLUSIVE OS GESTORES EDUCACIONAIS.

●que o retorno previsto em calendário escolar (planejamento e retorno dos alunos) se dê exclusivamente por meio de atividades remotas;

estabelecimento imediato de teletrabalho para Gestores Educacionais, Quadro de Apoio e Analistas;

adoção de logística adequada para a distribuição de multimeios tecnológicos, entre outros, que não envolvam as Unidades Educacionais, em cumprimento ao artigo 3º do Decreto 59283/20, bem como a segurança territorial da unidade educacional;

vacinação de todos os Profissionais de Educação, já que o Governo Municipal possui recursos em caixa para aquisição de vacinas, já autorizadas pela Anvisa, ainda que de forma emergencial;

testagem em massa, para isolamento social e com controle e mapeamento, inclusive de mutações que possam surgir;

equipamento de proteção individual - EPI de qualidade, em quantidade suficiente, em conformidade com as Normas Técnicas da Organização Mundial da Saúde;

suporte social às famílias dos estudantes da rede municipal, do ensino infantil ao ensino médio, inclusive na modalidade de Educação de Jovens e Adultos;

a não transferência de responsabilidade às famílias, em casos de possíveis infecções, o que já é previsto pela SME quando cita, na Instrução Normativa 01/21, a elaboração da "Planilha da Morte", como chamamos;

●a alteração do Anexo I, da Instrução Normativa 01/21, que trata das comorbidades que garantem a permanência em trabalho remoto, em consonância com o Decreto 59.283/20. Entendemos que uma instrução normativa deve ater-se em seu conteúdo de questões presentes em legislações anteriores e não apontar rigidez em seu texto para além do que consta no Decreto;

Revogação do prazo de 15 de março de 2021 para entrega de declarações médicas que impõe uma situação que não contempla a realidade dos serviços médicos para o real atendimento dos Profissionais de Educação.

 

 Confira abaixo o vídeo conjunto das entidades que resume os motivos que levam à GREVE

Veja também o vídeo conjunto das entidades destinado à COMUNIDADE explicando os motivos que levam à GREVE

Confira o trabalho do SINESP junto à base e à comunidade na GREVE

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