O prefeito Bruno Covas seguiu as decisões do governador e as orientações do plano São Paulo, que coloca o estado em fase emergencial, e anunciou em coletiva nesta sexta, dia 12 de março, novas medidas restritivas no município de São Paulo.

Proibiu aulas presenciais nas redes pública e privada de 17 de março a 2 de abril, com retorno marcado para o dia 05/04, mas manteve as escolas muncipais funcionando com o trio gestor, quadro de apoio e analistas dos CEUs, com às mães contratadas e equipes de limpeza e de vigilância. A greve tem que continuar!

No plano de Covas, houve a antecipação do recesso escolar de julho e a extensão do cartão-merenda por mais três meses.

Mesmo assim, sobre a suspensão das aulas presenciais, o prefeito disse que vê o caso como uma interferência do Judiciário nas atribuições do Executivo e declarou que vai recorrer. 

A decisão está relacionada com a constatação exposta pelo Secretário de Saúde Edson Aparecido, de que nas últimas semanas, com a reabertura das escolas, houve uma explosão de casos. Segundo ele, na primeira semana houve 173 surtos. Na segunda, 181, e, na terceira, última com boletim, 500 surtos.

Na véspera, governador antecipa recessos e suspende aulas presenciais, mas mantém escolas estaduais abertas para alimentação e entrega de materiais mediante agendamento

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Em coletiva de imprensa realizada na quinta, 11 de março, o governador de São Paulo ampliou as medidas restritivas em face do iminente colapso do sistema de saúde, passando o estado da fase vermelha para a fase emergencial, que vai de 15 a 30 de março. Houve antecipação dos recessos de abril e outubro, aulas presenciais foram suspensas, mas as escolas estaduais estarão abertas para alimentação das crianças e entrega de material e chips, mediante agendamento.

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Enquanto o pesadelo de insuficiência de vacinas e o colapso da rede hospitalar horrorizam a população, a orientação do governo é manter as escolas estaduais abertas, submetendo os profissionais da educação à contaminação, como se as escolas não estivessem nesse mundo.

João Doria disse que vai recomendar que as escolas municipais e privadas façam o mesmo, atendendo com o mínimo de atividades por unidade escolar, mas permanecendo abertas.

Mesmo reconhecendo a gravidade do momento, o governador insiste em manter as escola funcionando no momento mais assustador da pandemia, com o pretexto de ajudar aos que precisam.

Poderia ajudar de várias outras maneiras.

O auxílio emergencial, por exemplo, é uma necessidade inquestionável frente à desigualdade e ao enorme índice de pobreza em todo o estado. Ele é imprescindível para ajudar a população a manter o isolamento, mas está há meses suspenso e, condicionado a uma PEC Emergencial que retira diireitos do servidor público na base da chantagem, ainda não tem calendário para pagamentos e nem se sabe qual o valor das parcelas a serem liberadas pelo governo federal.

Por que o governador não cobra o auxílio do governo federal nem cogita uma auxílio estadual, plenamente viável no estado mais rico da nação?

Das três esferas do poder público emanam determinações equivocadas, que estão levando a um aumento assustador no número de mortes. O governo estadual, apesar de tornar a circulação mais restritiva, resiste ainda a declarar lockdown por pressão do empresariado.

O novo coronavírus mostra sua pior face no Brasil, um país desgovernado que tem virado exemplo mundial de equívoco ao se lidar com a pandemia.

Se eles não sabem o que estão fazendo, os profissionais da Educação sabem muito bem!

VACINAÇÃO JÁ para todos os profissionais de Educação!

GREVE contra a contaminação na Escola!

O Fórum das Entidades fará reunião no final da tarde de sexta, 12 de março. O SINESP defenderá o fortalecimento da unidade da categoria e a defesa dos direitos dos Gestores Educacionais como prioridade nesse momento sensível, frente à manutenção da equipe gestora em trabalho presencial.

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