Em tempos de pandemia, os gestores educacionais, tendo sempre o SINESP como importante aliado, tiveram que se reinventar, e reagiram rapidamente para iniciar as ações para garantir o atendimento à comunidade logo que saiu o decreto do Prefeito que determinou o fechamento das escolas, em março.

O resultado é que a parceria escola-comunidade saiu ainda mais fortalecida e hoje segue firme e forte na luta contra a volta às aulas em 2020. “O Bruno Caetano jamais imaginou a potência que essa rede tinha”, destaca Marcia Simões, Secretária-Executiva do CRECE Central e dirigente do SINESP.

Em março, quando as escolas foram fechadas, ninguém sabia ao certo a dimensão do que estava para acontecer com a chegada do novo coronavírus ao país. Não se imaginava, na época, que ficaríamos isolados por tanto tempo. Depois de um pequeno recesso de 15 dias, gestores da rede municipal de São Paulo passaram a colocar suas vidas em risco em plantões presenciais para garantir a assistência aos mais vulneráveis, promover a escuta e organizar a comunidade para os tempos de isolamento.

Paralelo a isso, também reagindo de forma imediata, o SINESP partiu para a organização da categoria frente aos novos desafios. De forma ininterrupta, prosseguiu no atendimento aos filiados com as novas ferramentas tecnológicas e realizou as reuniões de RELTS, para levantar a real situação das escolas, com suas demandas e reivindicações, para definir ações a serem encaminhadas e implementadas.

A partir daí, produziu uma carta de reivindicações com as demandas reunidas nas 13 DRE da cidade e entregou à Administração, além de cobrar a escuta por parte da gestão, que ainda insiste em se manter distante da realidade do chão da escola.

Escolas na linha de frente

Logo de cara, os gestores encararam o desafio de fazer ligações telefônicas para cada uma das famílias de alunos matriculados em suas unidades escolares. Canais de comunicação foram criados ou reforçados para manter a comunidade coesa por meio das redes sociais, criando uma verdadeira rede de contato.

Além de instruir e orientar para as atividades pedagógicas que estavam por vir, a comunicação ajudou no diálogo e participação da comunidade, fortalecendo a gestão democrática frente a essa nova situação. Usando a estrutura e o vínculo já criado entre a escola e a comunidade, a parceria entre ambas as partes se fortaleceu, tendo o SINESP junto na luta para enfrentar tempos de falta de informação e de escuta.

Por sua vez, o SINESP atuou junto à Secretaria Municipal da Educação para garantir condições de trabalho aos gestores, inclusive com ações judiciais. E passou a inovar trazendo especialistas para tratar dos temas mais urgentes do momento: documentação, saúde mental, protocolos de saúde, entre outros. Tudo para munir os gestores de informações fundamentais para encarar um momento tão complicado e histórico.

Flordelice Magna Ferreira, Diretora de Escola, membro do CRECE Central e Dirigente do SINESP, destaca que a parceria do SINESP com o CRECE foi fundamental para os gestores que também tiveram que reinventar o processo de comunicação com as famílias que se tornaram cada vez mais próximas porque careciam de informações e viam as escolas como o único meio de interlocução pois são as instituições mais próximas da comunidade.

Ela conta que esse cenário fez com que as reuniões com a comunidade, mesmo sendo remotas, fossem mais dinâmicas e formativas com equipes gestoras e comunidade estreitando as relações pois estavam em uma situação de abandono, vendo uma enxurrada de inverdades na imprensa e sem nenhuma interlocução com quem de fato precisava ser ouvido.

"Isso fez com que as escolas percebessem a importância de propiciar mais momentos de escuta da comunidade que buscava subsídios legais para preservar a vida de seus filhos e lutar por políticas públicas que garantam uma educação de qualidade”, comemora a dirigente. 

Aprendizado

A pandemia demorou mais do que o previsto, mas trouxe um aprendizado que nunca será esquecido. “Os pais começaram a entender a Gestão Democrática e ver a diferença entre políticas públicas e politicagem”, assinala Ailton Ferreira dos Santos Amorim, pai de aluno do CEU Caminho do Mar e membro do CRECE.

“Esse é o nosso trabalho hoje, nos encontramos muito com os sindicatos, principalmente o SINESP, que apoia muito o CRECE, para lutar pelas políticas públicas sem políticas partidárias”. Não queremos a volta às aulas em 2020, já adaptamos nossas rotinas e não será por causa de dois meses que iremos mexer nisso, adverte Ailton.

A retomada parcial foi autorizada pelo prefeito Bruno Covas a partir do dia 7 de outubro, mas estava condicionada à aprovação do conselho escolar de cada unidade. De acordo com a Prefeitura, em pelo menos cinco das 13 diretorias regionais de ensino (DREs) de São Paulo, os conselhos regionais escolares se manifestaram contra a reabertura das unidades municipais para atividades extracurriculares. Juntas, elas somam 570 escolas —37,7% de toda a rede direta da prefeitura. Isso mostra o poder da organização das famílias neste momento.

Só que ainda há muito o que se trabalhar. “Eu gostaria de ver ainda mais gente participando, já que em uma rede de mais de um milhão de alunos, não tem muito mais de mil famílias atuando. Tem que ocupar os espaços, estar lá, marcar presença. Isso é muito importante!”, destaca o pai de aluno da rede municipal de São Paulo.

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