O número de casos continua subindo e a rede pública de saúde está próxima do colapso em todo o país, por isso todo cuidado para não se contaminar continua sendo uma exigência.

O distanciamento social é a principal medida, o que torna a flexibilização precoce da quarentena decidida por estados e municípios é um equívoco que pode agravar a pandemia e trazer graves consequências para a população trabalhadora.

Preocupa bastante a pressão que pode vir para a VOLTA ÀS AULAS NAS REDES PÚBLICAS de ensino, tanto de empresários quanto de pais e mães obrigados a voltar ao trabalho sem ter quem cuide de seus filhos pequenos, que não podem ficar sozinhos.

A preocupação é ainda mais forte quando se trata das crianças e bebes alunos da educação infantil, os que projetam maiores dificuldades para o retorno devido à dificuldade óbvia de isolamento deles com os profissionais da educação.

 

Quem quer o retorno?

Há um setor social que não usa transporte lotado para ir ao trabalho, não se aglomera com inúmeras outras pessoas em seus locais de trabalho, não atendem o público e não têm de andar pelas ruas, e se adoecer não depende da rede pública e tem os melhores hospitais à disposição.

Foi esse setor a principal força de pressão à qual os governos cederam ao adotar a flexibilização do isolamento social no momento em que deveriam reforça-lo. Do conforto de suas casas ricas, gabinetes e escritórios espaçosos, decidiram juntos pelo aumento do adoecimento e das mortes em nome da saúde dos negócios e da preservação da riqueza de poucos.

 

Recordes diários

Os estados vão agravar a pandemia com o fim precoce de isolamento, segundo especialistas que responderam ao Estadão em entrevista publicada dia 11 de junho. Um deles, é o infectologista Julio Croda, ex-diretor de imunização e doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, para quem “entre junho e final de julho, pode-se chegar a 80 mil óbitos, até 100 mil óbitos”.

Os especialistas avaliam que o distanciamento brasileiro não foi rigoroso como em países europeus, o que pode gerar rebotes e, com a reabertura, levar o sistema de saúde ao colapso, uma vez que a maioria não vai conseguir aumentar a capacidade de atendimento de leitos de UTI.

O posicionamento faz todo sentido, uma vez que em todo o país o número de casos de contaminados por coronavírus e de mortos por Covid-19 continua batendo recordes diários, mesmo com o governo escondendo os números reais, que já são fora da realidade porque não há testagem em massa da população. 

No estado de SP, os recordes são diários. No dia 10 de junho foram registradas 340 mortes em 24 horas e o total de óbitos já está em 9.862. O número de infectados chegou a 156.316 no estado e algumas regiões do interior tiveram de retroceder para a fase vermelha da quarentena após aumento das aglomerações e piora nos índices. Enquanto isso cidades da Grande São Paulo ampliam a flexibilização das medidas.

A Covid-19 continua sendo uma grande ameaça a todos os brasileiros, a curva de contágio ainda está em franco crescimento e o Brasil está em segundo lugar no hall dos países com mais óbitos causados pela doença no mundo. 

Veja AQUI o artigo no portal UOL

Veja AQUI a defesa e a cobrança do SINESP de SME, DREs e outras secretarias, de medidas de proteção e testagem em massa da categoria.

Veja AQUI ações QUE podem ajudar a evitar a contaminação pelo novo coronavírus, além do isolamento.

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