●Diretoria participou de mobilização pela abertura de hospital de campanha na Zona Leste, a mais populosa e com mais casos de Covid 19 na cidade.

●O ato foi realizado com a devida responsabilidade, com todos de máscara e respeitando o distanciamento social.

Junto com Sindicatos do Fórum das Entidades que representam os trabalhadores da saúde (Sindsep. Simesp, SindSaúde, SinPsi e SEESP), o SINESP esteve em frente ao Itaquerão nesse sábado, 06 de junho, em apoio a grupos da região que estão na luta pela abertura de um hospital de campanha na Zona Leste.

O estádio foi disponibilizado pela diretoria do Corinthians para a instalação do hospital, mas os governos não encaminharam.

●A Zona Leste guarda particularidades que tornam urgente a instalação do hospital:

●É a mais populosa e tem o maior número de vítimas fatais por covid-19 na cidade de São Paulo;

●Os bairros mais atingidos são Sapopemba, Itaquera, Cidade Tiradentes e Itaim Paulista (só perdem em número de mortos para a Brasilândia, na Zona Norte);

●Se a Zona Leste fosse um estado do Brasil, seria o quarto mais atingido pela pandemia, à frente de Pernambuco.

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 Em defesa do SUS, do Serviço e do Servidor Público

Assim como defende a saúde e a vida dos Gestores Educacionais, ainda mais nesse momento de pandemia, o SINESP apoia a luta pela ampliação do atendimento de saúde à população das periferias da cidade, especialmente a mais carente, concentrada nas comunidades em que estão a maioria dos usuários dos sistemas públicos, inclusive o de educação, que inclui as escolas da RME.

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A Saúde é a área que mais tem sofrido com a terceirização e redução de verbas nos últimos anos, e tudo piorou com a Emenda Constitucional (EC) 95/2016, conhecida como a “emenda do fim do mundo” e aprovada no governo Temer, que congelou os gastos com saúde e educação por 20 anos.

Segundo um estudo da Comissão de Orçamento e Financiamento (Cofin) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o SUS já perdeu R$ 20 bilhões de 2016 para cá. Ao longo de duas décadas, os danos são estimados em R$ 400 bilhões. Só em 2019, o orçamento da pasta perdeu 13,4 bilhões.

No dia 20 de dezembro de 2019, quando a China já registrava casos de coronavírus, o governo federal extinguiu 27.500 cargos efetivos do seu quadro de pessoal, através do Decreto 10.185. Desses, 22.476 eram do Ministério da Saúde, grande parte alocada no combate a epidemias, e 10.551 eram Agentes de Saúde Pública.

A saúde é a área pública mais atingida pela terceirização e pela privatização, em parte pelo forte lobby das empresas e planos de saúde, que financia muitos representantes de seus interesses nos governos e parlamentos.

O SUS está mostrando a importância de sua estrutura física e operacional para o país nessa pandemia.

Se não fosse ele, com seus hospitais, equipamentos e pessoal, o desastre seria muito maior do que já está sendo e desabaria ainda mais sobre a população trabalhadora, que também já é a mais atingida e sofrerá as piores consequências da pandemia, tanto na saúde e na perda de vidas quanto na economia, com perdas históricas no emprego e na renda.

A importância do SUS e a necessidade de seu fortalecimento, mais que evidente no combate ao coronavírus, oferece um instrumento poderoso para fortalecer a luta em defesa da essencialidade dos serviços públicos e da valorização de seus trabalhadores!

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