Primavera num espelho partido

Primavera num espelho partido foi escrito logo após o plebiscito de 1980, que deu início à redemocratização do Uruguai. O autor, Mario Benedetti, viveu mais de uma década exilado, passando por Peru, Cuba e Espanha, em virtude da perseguição política de que foi vítima durante o período ditatorial em seu país. A obra mescla amargura e esperança, contrapondo sentimentos que tomavam conta do escritor com as incertezas sobre o futuro de seu país.

Clube de Leitura – Primavera num espelho partido (Mario Benedetti)

Data: 23 de junho, às 15h

Inscrições: 20 e 21 de junho

Modalidade: On-line, pela plataforma Zoom

As inscrições podem ser feitas das 9h às 17h pelos telefones do SINESP 3255-9794 e 3116-8400 e pelo WhatsApp 3116-8400.

Livro mistura exílio, angústia e esperança com múltiplas narrações

Primavera num espelho partido é, sem dúvida nenhuma, uma obra de grande apelo político, que fica evidente à medida em que se avança as páginas da obra do escritor uruguaio Mario Benedetti, vítima, ele próprio, da perseguição imposta pelo período ditatorial de seu país (1973-1985).

Escrita enquanto estava exilado na Espanha, a obra é uma mistura de sentimentos, evidenciada pelas personagens, umas mais leves e esperançosas, outras mais endurecidas pelas agruras da vida.

O Livro de Benedetti narra, justamente, o quão nocivo foi o período ditatorial para uma família. A ficção da obra reflete histórias reais, de muitas vítimas do turbulento período político de perseguições vivido pelo povo uruguaio, semelhante ao vivido por outros países sul-americanos, entre eles Brasil e Argentina.

Primavera num espelho partido conta os desencontros de Santiago — obrigado a se exilar do Uruguai em virtude de perseguição política — e de sua família: a esposa Graciela, a filha Beatriz, o pai Dom Rafael e o amigo Rolando.

Ainda que Santiago seja o narrador principal, os outros também merecem grande destaque e cada um, à sua maneira, reverbera os acontecimentos do período. Quando pessimismo, angústia, esperança e ingenuidade se fundem, os fatos se desenrolam de maneira surpreendente.

Ficou curioso para entender essa história? Leia o livro e #JunteSeAoCFCL na análise da obra de um dos mais importantes escritores da América do Sul.  

Mario Benedetti

Mario Benedetti nasceu em 14 de setembro de 1920 na cidade uruguaia de Paso de Los Toros. Quando tinha quatro anos de idade mudou-se com a família para a capital do país, Montevidéu. Os estudos em um colégio alemão deram a ela a oportunidade de ser o primeiro tradutor de Franz Kafka no Uruguai. Entre 1939 e 1941 viveu em Buenos Aires, na Argentina, onde se descobriu poeta. Ao retornar para o Uruguai direcionou sua carreira ao jornalismo. A partir de então, passou a destacar-se no jornalismo, na escrita de poemas e na militância política. Escreveu grandes obras durante a vida, entre elas o seu grande sucesso, A Trégua, adaptado para o cinema e indicado ao Oscar em 1974. Em 1973, depois do golpe de estado sofrido pelo Uruguai,  renunciou ao cargo de diretor do Departamento de Literatura Hispano-Americana da Faculdade de Humanidades e Ciências da Universidade da República, em Montevidéu, e foi para o exílio, passando por Peru, Cuba e Espanha, onde escreveu Primavera num espelho partido. Retornou ao Uruguai em 1983, onde retomou projetos paralisados pelo exílio. Reconhecido mundialmente como “o poeta do compromisso”, escreveu cerca de 80 livros e muitos poemas em homenagem às vítimas da ditadura uruguaia. Morreu em 17 de maio de 2009, aos 88 anos, em Montevidéu.

Com informações de Uol Educação, blogletras.com e Blablabla Aleatório

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