Memórias do Subsolo

O Clube de Leitura do CFCL-SINESP analisará, no mês de novembro, a obra Memórias do Subsolo, escrita por um dos maiores romancistas e pensadores da história, o russo Fiódor Dostoiévski.

Clube de Leitura: Memórias do subsolo (Fiódor Dostoiévski)

Data: 25 de novembro, às 15h

Inscrições: 22 e 23 de novembro

As inscrições podem ser feitas das 9h às 17h pelos telefones do SINESP 3255-9794 e 3116-8400 e pelo WhatsApp 3116-8400.

Intenso, perturbador, existencialista. Memórias do Subsolo, obra-prima de Fiódor Dostoiévski, coloca o homem diante de uma jornada indesejável e necessária ao seu interior. E o livro o faz por meio do personagem-narrador, já que a novela, escrita em Moscou entre janeiro e maio de 1864, é narrada em primeira pessoa por um funcionário público aposentado de 40 anos, em uma espécie de diário.

O “homem do subsolo” não tem nome e apresenta ao leitor um mergulho em sua personalidade sombria, que causa asco, desprezo, angústia, sobretudo porque, em muitos aspectos, serve como espelho da alma humana.

Dividido em duas partes, o livro trata na primeira, chamada de O subsolo, da busca do homem sem nome por desvendar a própria identidade. Ele filosofa, se deprecia, engana e se engana num exercício de causar inveja às teses de qualquer psicanalista. A segunda parte, intitulada A propósito da neve molhada, apresenta situações vividas pelo homem sem nome que mostram seu total desprezo por valores e uma crueldade cínica, que o torna indesejável aos outros personagens relatados na história e aos leitores. Indesejado, porém instigante, intrigante, quase hipnótico.

O CFCL-SINESP convida a um mergulho nesse personagem controverso e à imersão na obra complexa e viciante de um dos maiores pensadores da história da humanidade. #JunteSeAoCFCL nesse debate existencialista.

Fiódor Dostoiéviski  

O Russo Fiódor Dostoiévski nasceu em 1821 em Moscou, na Rússia. Foi educado em casa nos primeiros anos de vida. Na sequência, passou por uma escola regular e por um internato. Em 1837 perdeu a mãe e dois anos depois o pai. Logo depois de se formar na Academia de Engenharia Militar de São Petersburgo, em 1943, para cumprir um desejo paterno, abandonou a carreira militar e tornou-se escritor.

A primeira obra, Gente Pobre (1946), foi muito bem recebida pela crítica e já mostrava o perfil socialista de Dostoiévski.  Um ano depois, ele entrou para o Círculo Petrashevski, formado por intelectuais com ideias socialistas e passou a defender abertamente a revolução e o fim da servidão de classes. Esse comportamento fez com que ele fosse preso em 1849 e condenado à morte. No dia da execução , entretanto, ele e outros presos foram “perdoados” pelo czar e a pena de morte foi convertida em quatro anos de trabalhos forçados na Sibéria.

Doistoiévski só voltaria à Rússia dez anos depois. Após passar pelas revistas Tempo e Época, virou redator do jornal conservador O Cidadão. Casou-se duas vezes e morreu em 1881, em São Petersburgo.

Filósofo, escritor e jornalista, influenciou os maiores pensadores dos séculos XIX e XX. Sua obra é atual e celebrada e ele segue inspirando as novas gerações.

Imagem: divulgação

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