O Retrato da Rede, desde sua primeira edição em 2009 e a partir de 2012 com a série histórica do Índice SINESP da Educação Municipal – ISEM, registra contínuo aumento da percepção dos Gestores Educacionais sobre a violência nas Unidades de Trabalho, que saltou de 30,3% para 80,52% em uma década.

Os relatos de furtos e roubos às Unidades Educacionais e aos seus servidores são constantes. O SINESP já se manifestou junto às Diretorias Regionais de Educação, à Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Estadual de Segurança Pública, Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Comandos de Policia Militar e Guarda Civil Metropolitana, em defesa de um Plano integrado de segurança, não apenas ao patrimônio da Rede, mas que ofereça segurança durante o exercício do trabalho dos Profissionais de Educação.

Retrato 19 Violencia 1Houve aumento significativo no percentual de respostas que indicam insegurança no local de trabalho e ausência de vigilância ou policiamento.

A própria Secretaria Municipal de Educação afirma que a maioria das Unidades Educacionais não possui sistemas de vigilância ou monitoramento (câmeras, alarmes). Com a aposentadoria dos agentes de apoio (vigias) e com ausência de concursos, muitas Unidades ficam totalmente sem segurança, desprotegidas noites e dias.

O entorno das Unidades Educacionais tem problemas de insegurança para 34,86% dos Gestores Educacionais.

A Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar do Estado de São Paulo são conhecedoras dos dados do Retrato da Rede de 2018. Seus comandos receberam o documento e a reivindicação do SINESP pela retomada e ampliação de ações no entorno das Unidades Educacionais.

Mas na atual pesquisa, 82,39% dos Gestores Educacionais afirmam que não há plantão da GCM em seu local de trabalho, o que amplia a sensação de insegurança. (veja o item serviços terceirizados no Indicador Gestão de Pessoas).

O Retrato da Rede 2019 aponta que para 75,95% dos Gestores Educacionais a SME não ofereceu, no último ano, projetos ou programas para enfrentar ou prevenir a violência.

Além do entorno das Unidades Educacionais se mostrar violento, há ausência de uma política de formação efetiva e de real apoio às ações pedagógicas empreendidas pelas Unidades.

Iniciativas isoladas de Unidades Educacionais que tiveram fortalecimento de Redes de Proteção Social em seu território mostram a falta de uma política estruturada pela SME em conjunto com as demais Secretarias.

Não se trata de criar estruturas dentro da SME ou DRE, mas de buscar uma política pública articulada com os demais serviços públicos do entorno e apoiar organicamente as Unidades Educacionais, sem deixar a cada uma a busca de solução própria. A Rede Municipal precisa ser de fato uma Rede.

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