Em 2018 o quesito capacitação sofreu a maior queda na avaliação dos Gestores Educacionais, com relação ao ano anterior, como bem se pode observar na quadro abaixo.

CAPACITACAO

A capacitação das equipes gestoras mostra dados que indicam, com consistência, um retrocesso nos investimentos governamentais.

O acompanhamento sistemático feito pelo SINESP com relação à capacitação dos Gestores demonstra falha na política de acolhimento em serviço dos ingressantes. Ao acessarem o novo cargo, as equipes gestoras das Unidades Educacionais não vêm recebendo a formação necessária para exercê-lo.

Fato emblemático dessa inadequação ocorreu em março de 2017, início do governo Dória. Chamados pela SME para uma formação inicial, a cargo do Instituto Ecos Fundação Lemann, os Supervisores Escolares ingressantes constataram que o foco do curso era gestão de resultados, gestão de tempo e observação da sala de aula, completamente alheio à realidade do seu fazer. Reconheceram também, no material do curso, antiga formação já oferecida a outras redes de ensino. Os Supervisores, de forma organizada, solicitaram a SME a suspensão da formação e propuseram temas, conteúdos e proposta metodológica condizentes com as demandas e atribuições do seu cargo, bem como a regência a cargo de profissionais de Educação com experiência da RME. A suspensão ocorreu, mas, passado mais de um ano, não foram atendidos em sua nova proposta.

O Retrato da Rede, em suas várias edições, vem constatando essa recorrente falta de escuta por parte dos governos de todos os matizes ideológicos. Seria primordial uma mudança de postura, sobretudo num momento em que SME pretende introduzir junto à Rede Municipal de Ensino de São Paulo, de forma pioneira, mudanças no currículo, acompanhando a Base Nacional Curricular Comum.

Os gráficos a seguir mostram problemas apontados pelos Gestores Educacionais em sua busca por formação.

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