A pesquisa do SINESP para compor o Retrato da Rede tem mostrado reiteradamente, nesses 11 anos em que vem sendo realizada, a gravidade da ocorrência de problemas de saúde entre os Gestores Educacionais.

SAUDE1 IAs respostas deste ano reafirmam que os Gestores Educacionais apresentam sintomas recorrentes de enorme desgaste físico, mental e emocional no ambiente de trabalho, que reverberam na potencialização de doenças psíquicas e psicossomáticas como alergias, gastrite, hipertensão, quadros de ansiedade e depressão. Os gráficos abaixo evidenciam a frequência de sintomas dessas doenças e o índice de adoecimento por elas.

A pesquisa indica como motivo o nível elevado de stress advindo das características das tarefas dos Gestores e de dificuldades adicionais impostas pelas condições de trabalho, resultantes da ação da administração, ou da falta dela.

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São vários os fatores, como mostram os dados expostos nos gráficos da página 12, que trazem as características e os aspectos negativos das rotinas de trabalho, como o acúmulo de funções, o excesso de burocracia, a insegurança, entre outros.

Há fatores adicionais a serem considerados, expressos nos demais indicadores que compõem o Retrato. Questões como a falta de módulos de profissionais, insegurança, espaço inadequado, equipamentos ineficientes, atrasos no envio de verbas, falta de capacitação e outros deterioram ainda mais as condições de trabalho e repercutem nas condições de saúde dos profissionais da área.

Na contramão,o governo municipal adota medidas ineficazes ou que desvalorizam o trabalhador, depondo contra a qualidade da educação pública.

O Retrato da Rede revela, por exemplo, a necessidade urgente de ampliação do número de docentes e de pessoal de apoio, mas isso não ocorre em consonância com a necessidade crescente.

Além disso, não há política nem programa de prevenção de doenças e da saúde do trabalhador. E o atendimento no Hospital do Servidor público Municipal é precário, como afirmaram 90,5% dos que responderam à pesquisa desse ano. As principais críticas foram: precariedade no atendimento (56,24% das respostas) e localização centralizada (21,37%). 60,29% dos respondentes afirmam que a sistemática de agendamento da perícia médica é inadequada. Para 94,07%, o prazo para atendimento na perícia médica pela Coordenadoria Geral de Saúde do Servidor, COGESS, é insatisfatória, e há alterações constantes no sistema de agendamento.

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