81,3% dos pesquisados indicam que no seu local de trabalho o módulo de profissionais está incompleto. Em 2016, o percentual apurado foi de 74,5%; em 2015, o percentual foi de 64,9%; em 2014, foi de 80%.
Portanto, a má gestão de pessoas se tornou mais evidente nessa pesquisa de 2017.
88% afirmam que sua unidade de trabalho não possui módulos suficientes para atender as necessidades funcionais.
A falta de docentes continua sendo um problema crônico da rede municipal de ensino, seguida pelo desfalque de equipes de apoio, destacado por 45% dos respondentes neste ano.
Houve ligeiro agravamento da situação do quadro de docentes deste ano para o ano anterior (aumento de módulo incompleto da ordem de 1,7%). 86% dos respondentes afirmaram que necessitaram de professores além do módulo disponível nos últimos doze meses.
Dificuldades para contratação de Pessoal
70,8% dos entrevistados afirmam ter dificuldades para preencher os cargos e funções em seu local de trabalho. No ano anterior, o índice neste quesito foi de 64,3%. Houve, portanto, uma piora no último ano.
A dificuldade maior é falta de pessoal (53,5% neste ano e 47,3% no ano anterior). Legislação restritiva (18,7%) e demora na tramitação (16,7%) tiveram queda acentuada em relação ao ano anterior, cujo índice foi de 22,7%.
Os quatro módulos principais que necessitam revisão são: professor de módulo (24% das respostas), equipes de apoio (20%), ATE (19,5%) e docentes (16,3%).
Esse cenário obriga 77,6% dos entrevistados a levar trabalho para sua casa, após o expediente oficial, comprometendo seu descanso e convívio familiar. No ano anterior, o índice foi de 78%. A precariedade das condições oferecidas na Rede Municipal de Ensinos se agravou no que tange à infraestrutura (aumento de 5% das respostas em relação ao ano anterior). Houve melhora em relação à falta de pessoal e volume de tarefas executadas.
Serviços Terceirizados
Há serviço terceirizado em todas as unidades de trabalho da RME, segundo 97% dos respondentes. Esta é uma tendência da gestão pública do centro-sul do país que, em virtude da aprovação pelo Congresso Nacional da mudança da legislação pertinente, deve se agravar e atingir outros segmentos até então proibidos de serem contratados nesta modalidade.
80% dos pesquisados informam que há serviço de vigilância em seu local de trabalho (em 2016, o percentual foi de 78%; em 2015, de 85,22%), sendo que 57,4% afirmam que é terceirizado (60,3% no ano passado e 54,84%, em 2015). A terceirização não melhora os serviços prestados, sendo que o principal problema se mantém: baixo nível de treinamento, seguido pelo desconhecimento da realidade da escola (apenas 6,9% não indicaram problemas).