Interação com as famílias de Unidade Educacional de Educação Infantil é feita em consonância com o Projeto Político Pedagógico!

 Em tempos de pandemia, a interação entre Unidade Educacional e Comunidade Escolar tem sido um grande desafio.

O Jornal O Estado de São Paulo trouxe esta semana a experiência vivenciada pela EMEI Nelson Mandela, na DRE Freguesia-Brasilândia, com o uso do Instagram.

A Diretora da Escola, Jaqueline Cibele Vioto Rinaldo, filiada do SINESP, ressaltou ao Sindicato a importância da dedicação de sua equipe, do trabalho voltado à interação com a comunidade escolar e sobretudo do planejamento retomar o Projeto Político Pedagógico como príncipio para as atividades que são realizadas.

O planejamento parte de reuniões on line com participação da equipe para definição das estratégias da semana e escuta de todos.  

O SINESP, representante dos Gestores Educacionais, tem defendido que as Unidades Educacionais tenham autonomia para a escolha e definição da melhor forma de interação com suas comunidades e seu território. A equipe gestora articula o Projeto Político Pedagógico da Unidade Educacional em conjunto com toda a sua equipe. 

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Veja a matéria do Portal do Jornal O Estado de S. Paulo abaixo e acesse aqui a publicação original.

Professoras da EMEI Nelson Mandela usam Instagram para oferecer atividades para alunos na quarentena

CAMILA TUCHLINSKI - O ESTADO DE S.PAULO

 Escola, conhecida pela luta contra a intolerância, reuniu conteúdo programático nas redes sociais; confira

Atividades de culinária, contação de história, brincadeiras, artes e ciências. Tudo adequado à faixa etária, entre quatro e seis anos, que é atendida pela Escola Municipal de Ensino Infantil Nelson Mandela, que fica na zona Norte de São Paulo. O objetivo é manter o conteúdo pedagógico que seria aplicado em sala de aula através das redes sociais.

“Nossa escola já tinha a prática de utilizar as redes sociais para divulgar os trabalhos, então, quando a Prefeitura anunciou que o recesso seria antecipado, a mãe de um aluno conversou comigo, perguntando se as professoras poderiam mandar algumas atividades para as crianças realizarem neste período”, conta Jaqueline Cibele Vioto Rinaldo, diretora da EMEI Nelson Mandela. 

Com o fim do recesso, em 9 de abril, a sugestão da mãe foi tema de uma reunião online com as professoras. “E o grupo decidiu que, para além de entreter as crianças, seria legal mantermos nosso vínculo com alunos, famílias e mantermos vivo o projeto pedagógico da nossa escola. Então, as professoras iniciaram a produção dos primeiros vídeos”, explica.

A partir daí, os vídeos, que também têm como base o material enviado pela prefeitura de São Paulo intitulado ‘Trilhas de Aprendizagem’, passaram a ser publicados no Instagram.

Marina Perlman, que trabalha na EMEI Nelson Mandela e em um colégio particular, afirma que muitas ideias de atividades são reaproveitadas. “Tenho pegado ideias da EMEI e transportando para a escola particular. A equipe da Nelson Mandela é muito dedicada e criativa e elas estão conseguindo atingir lugares que elas nem imaginam, como essa escola que atuo, que é judaica”, conta a professora.

Marina Basques Masella trabalha com educação há sete anos e conta que as reuniões entre professoras na EMEI são semanais para combinar o planejamento das postagens. 

“A gente já passou por muitas fases nesse cenário novo e de dúvidas que surgiram após a pandemia. A gente pensa primeiro no vínculo e afeto que a gente quer manter com as crianças nesse momento, na situação atual que está posta dentro das casas para as famílias, que não é fácil pra ninguém. Mapear esse contexto que as crianças vivem em seus lares hoje é muito importante”, diz. 

As atividades são propostas considerando o cenário de pandemia e o projeto político-pedagógico da escola, com os princípios da EMEI Nelson Mandela, mesmo nas atividades EAD (Ensino à Distância).

As professoras têm recebido retornos dos pais sobre as publicações nos comentários e até em seus perfis pessoais. “Mães e pais me encontram na rede social e mandam áudios e fotos das crianças. Acabei abrindo para essas vias mais informais porque, uma vez que a gente não tem uma plataforma oficial liberada ainda para a educação infantil, as redes sociais acabam sendo o único veículo de comunicação que a gente tem com as famílias”, ressalta Marina.

Ana Cristina Silva Godoy, uma das docentes, acrescenta que a comunidade escolar também participa das publicações. “Algumas vezes são os familiares respondendo, outras são seguidores das páginas da escola. Nas últimas semanas, as famílias estão mais participativas, dando retornos das atividades, postando vídeos, fotos das crianças que estudam nesse ano ou que já estudaram. Mesmo com mais 600 visualizações, sabemos que não conseguimos alcançar todas as crianças. E essa é uma das nossa preocupações: como alcançar todas e como melhorar isso”, conclui.

As habilidades socioemocionais sempre são trabalhadas na escola. Em um dos vídeos publicados na página da EMEI Nelson Mandela, os alunos conhecem o ‘Senhor Coron’, um personagem criado baseado no novo coronavírus e que explica para as crianças, de maneira lúdica, sobre o que está acontecendo na pandemia. 

“Vocês conhecem o Senhor Coron?! Ele tem passeado muito por aí! Essa delicada animação é uma forma lúdica de abordar o tema com as crianças e apresenta ideias de como lidar com as diversas emoções que esse momento pode despertar. Vamos assistir?”, convida a publicação no Instagram.

Priscilla de Lima Rocha atua em uma sala mista infantil, com crianças de quatro a seis anos. A professora afirma que é desafiador manter o vínculo com os pequeninos de maneira virtual, mas há um grande esforço de toda a equipe escolar. “Na EMEI Nelson Mandela prezamos pelo trabalho coletivo, então, todas as professoras estão envolvidas na produção de vídeos de alguma forma. O objetivo maior desse trabalho continua sendo manter o vínculo criado, pois sabemos que não é possível viver online o que é vivido no espaço escolar”, diz.

Carolina Gitahy Hamburger sabe que não são todas as famílias que acessam os conteúdos publicados no Instagram. “E isso é um pouco angustiante porque não tem como saber quem são as pessoas que visualizam ou dão esse retorno. É preciso entender minimamente como elas estão lidando com esse momento. Fizemos um questionário para saber como as famílias estão lidando também com a questão econômica”, explica a professora.

Além do trabalho pedagógico voltado para a tolerância, a EMEI Nelson Mandela mantém uma horta, que é plantada pelos alunos. Ao mesmo tempo em que aprendem sobre alimentação saudável, as crianças têm a oportunidade de aprender sobre o desenvolvimento de todos os seres vivos. 

Em tempos de quarentena, as professoras plantaram, cada uma em suas casas, legumes e frutas, ensinando as crianças, de maneira remota, o que fariam de forma presencial. 

 

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