»Dia de relembrar e celebrar a memória de Zumbi dos Palmares, Dandara e outros símbolos da resistência negra, analisar a posição do negro e da negra na sociedade e no momento atual.

»De refletir e buscar novas formas para enfrentar a discriminação, a intolerância e o racismo que ainda perduram.

»SINESP promove eventos em celebração ao mês da consciência negra.

»A Faculdade Zumbi dos Palmares sediará a 7ª Feira do Conhecimento, Cultura e Literatura Negra e a Virada da Consciência – Veja mais abaixo.

 

O SINESP tem como princípio a busca incessante de meios para combater o preconceito, a discriminação, o racismo, a xenofobia, a homofobia, a misoginia e a intolerância correlata, visando a valorização e o respeito da diversidade cultural, incentivando-a como instrumento da paz e da justiça social.

Por isso divulga, incentiva e promove atividades relacionadas ao 20 de novembro, escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder quilombola que combateu a escravidão durante o período do Brasil colonial.

A data simboliza a luta de resistência por liberdade e igualdade racial e precisa ser lembrada diariamente, pois reforça a reflexão de que, mesmo depois de tantos anos, ainda não conseguimos alcançar igualdade racial plena entre os povos.

Uma pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, apesar da redução das desigualdades raciais vivenciadas ao longo da última década e meia, com uma relativa melhora do mercado de trabalho para a população negra, a mudança ficou longe de promover a equidade de valorização do trabalho exercido pelos negros em relação aos não negros.

Entre os anos de 2014 e 2015, o homem negro recebia 71,6% da remuneração do não-negro, enquanto a mulher negra recebia 50,5%, metade da remuneração do homem não-negro. Ainda, de acordo com o Atlas da Violência 2017, a população negra também corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios. 

Em 2019 nada mudou, a não ser o recrudescimento das ideias e ações racistas, entre outras discriminações como a homofobia, o machismo e o sexismo. Ou seja, houve retrocesso.

 

Racismo é Crime

Criada há exatos 30 anos, a Lei 7.716/89 define os crimes resultantes de preconceito racial. A legislação determina a pena de reclusão a quem tenha cometidos atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Com a sanção, a lei regulamentou o trecho da Constituição Federal que torna inafiançável e imprescritível o crime de racismo, após dizer que todos são iguais sem discriminação de qualquer natureza.

É importante destacar que o Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão, em 1888, há menos de 200 anos. Em um país como tantas desigualdades sociais, a tipificação dos crimes contra diferença de raças foi considerada, por muitos estudiosos, como uma medida tardia para os males sofridos por essas populações.  

Defesa da carreira

Um dos princípios mais caros ao SINESP é a defesa da Carreira e do Concurso Público como forma de acesso aos cargos de Gestor Educacional. Essa defesa reforça a convicção do Sindicato em torno da luta pela equidade, seja pela raça, etnia, sexo ou identidade de gênero.

O Concurso é uma forma democrática de acesso. Dá oportunidade a todos, selecionando os que se preparam melhor ao longo da vida acadêmica e profissional, e elimina filtros e distorções que indicações e eleições geram.

Para entender melhor essa última afirmação, basta olhar para nosso Congresso Nacional: entre os eleitos, apenas 3% têm a pele preta, e a representação de mulheres e da população LGBTQI+ também está muito aquém da realidade.

Mas é claro que o concurso não prescinde da existência de políticas afirmativas, voltadas a reparar danos e atrasos históricos a que o povo negro foi submetido devido, sobretudo, à escravidão.

Por um projeto político para o povo negro

Numa sociedade desigual e opressora como a brasileira, é preciso um projeto político bem estruturado, que atinja todas as frentes de resistência, de forma a ampliar as políticas de reparação da desigualdade já existentes, como as cotas raciais nas universidades, e a criminalização do racismo.

Um projeto no qual a vida digna para a população seja central e gerador de uma sociedade anti-racista, anti-desigualdades e opressões.

Uma sociedade que contemple as mulheres negras, que ocupam a pior posição nas estatísticas: são as mais pobres, que têm os menores salários, que mais sofrem violência e injustiças.

Em que a violência policial, que age desenfreadamente e sem controle nas periferias e tem como vítima predileta jovens negros do sexo masculino, seja combatida a partir da raiz, que é a diferença na renda, nas oportunidades, na escolarização, no acesso ao emprego.

Um projeto como esse só será possível numa sociedade que ponha na centralidade a humanidade das pessoas e seus direitos primordiais, como igualdade, saúde e educação dignas, com uma economia justa e que não vise à acumulação de riqueza sem fim e sem sentido.

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SINESP promove eventos em celebração ao mês da consciência negra:

●Visita Monitorada Especial Mês da Consciência Negra: Museu Afro Brasil.

Realizada no dia 13 de novembro de 2019

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●Clube de Leitura com o livro "Escravidão", de Laurentino Gomes

Realizada no dia 08 de novembro de 2019

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Cine Debate Especial do MÊS DA CONSCIÊNCIA

Venha assistir e debater 2 curtas-metragens com temática étnico-racial:

●A diferença de riqueza entre brancos e negros.

●Politicamente correto.

Saiba mais....

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ViradaConsciencia

A Faculdade Zumbi dos Palmares sediará eventos relacionados ao mês da Consciência Negra de 18 a 20/11

Confira a programação nos links abaixo:

7ª Feira do Conhecimento, Cultura e Literatura Negra 

Virada da Consciência

A Faculdade Zumbi dos Palmares sediará a 7ª Feira do Conhecimento, Cultura e Literatura Negra e a Virada da Consciência – Veja mais abaixo.

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