A Comissão de Constituição da Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a PEC 06/19 com 48 votos favor e 18 contra – Agora ela passa por Comissão Especial antes de ir ao plenário da Câmara e do Senado – A união de partidos na CCJ acende a luz de alerta e mobilização total para os trabalhadores!

PEC 06 19 CCJ VotacaoNão foi fácil para o governo, mas ele conseguiu a aprovação da sua proposta de re(de)forma por ampla maioria na CCJ. O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), já anunciou a Comissão Especial, a próxima a discutir e votar a reforma. Confirmou o deputado Marcelo Ramos (PR/AM) como presidente e que a relatoria da matéria ficará a cargo do deputado Samuel Moreira (PSDB/SP).

A reunião de instalação da Comissão Especial que analisará o mérito da Reforma da Previdência será realizada o mais rápido possível, por acordo entre os partidários da reforma. Poderia ainda na manhã da quinta, 25/04.

Registre-se que o colegiado será composto por 49 membros titulares e igual número de suplentes. Até o momento já foram indicados 27 membros titulares e 26 membros suplentes.

Veja AQUI a lista de membros já indicados para a Comissão Especial.

A tramitação também deve ser complicada nessa comissão. Mas depois das trapalhadas iniciais de um governo autoritário e despreparado, sua base busca unidade para aprovar a reforma que o mercado/corporações empresariais exigem.

A união de partidos e a ação do presidente da Câmara na CCJ mostram que o governo e os apoiadores dessa reforma estão se rearticulando. Votaram a favor deputados do PSL, PP, PSD, DEM, MDB, PR, PSDB, PTB, PCS, PODE, Solidariedade, Avante, Cidadania, Patri, PV e Novo. Esses partidos têm parlamentares suficientes para aprovar a reforma em todas as votações por que passará. Votaram contra parlamentares do PDT, PCdoB, PROS, REDE, PT, PSB e PSOL.

Nós, trabalhadores, não podemos nos iludir nem vacilar. A mobilização é nossa única esperança de evitar essa reforma nefasta, extremamente perversa com todos os trabalhadores brasileiros.

Para o magistério ela é pior ainda. A título de exemplo do que propõe, imaginemos uma educadora com 50 anos de idade e 25 de contribuição. Pelas regras atuais ela pode se aposentar com 100% da sua média salarial, que não considera os salários menores. Se a PEC for aprovada, ela terá de trabalhar até 60 anos, ter 30 de contribuição e terá direito a apenas 80% da média, que considerará também os menores salários.

Veja AQUI artigos, análises e documentos para uma melhor compreensão das facetas e implicações da PEC 06/19, inclusive o que ela propõe para o magistério e para os servidores públicos, o abaixo Assinado Nacional encaminhado pelas Centrais, participe da enquete no Site da Câmara dos Deputados, conheça a integra da PEC 06/19 e acompanhe a tramitação.Veja também o Pressione Já, com dados para envio de e-mails e telefonemas aos Deputados Federais paulistas, ação fundamental que exige o engajamento de todos.

Todos ao ato de 1º de Maio, que será de união e luta para barrar a re(de)forma da Previdência!

SINESP participa e convoca Gestores Educacionais a reforçar a mobilização convocada pelas Centrais Sindicais unidas em defesa da aposentadoria e demais direitos dos trabalhadores!

Ato de 1º de Maio das 10h00 às 18h00, no Vale do Anhangabaú, Centro/SP - O SINESP estará a partir das 14h00 concentrado em torno do seu balão – Veja mais detalhes AQUI.

Apenas quatro mudanças no texto

O texto da PEC analisado na CCJ teve apenas 4 itens retirados no relatório do deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL/MG). São elas:

▪Extinção do foro do Distrito Federal para a propositura de ações conta a União (Constante do art. 1º da PEC 6/2019, em alteração ao art. 109, §2º da CF);

▪Fim do pagamento da indenização compensatória e o do fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS) no momento da aposentadoria (Constante do art. 2º da PEC 6/2019, em alteração ao art. 10, §4º do ADCT);

▪Exclusividade do Poder Executivo de propor mudanças na aposentadoria dos servidores públicos (Constante do art. 1º da PEC 6/2019, em alteração ao art. 40, §1º; art. 201, §§ 1º e 10; art. 201-A, todos da CF; bem como no art. 3º, §3º e no art. 5º, §1º, do Capítulo III da PEC; e no art. 18, §5º, do Capítulo V da PEC; e a expressão “de iniciativa do Poder Executivo” constante no art. 1º da PEC, na parte em que altera o art. 42, §2º da Constituição Federal);

▪Definição da idade para aposentadoria compulsória do servidor público (Constante do art. 1º da PEC 6/2019, em alteração ao art. 40, §2º, inciso III, da CF).

Próximos passos da tramitação da PEC/06/19

PEC 06 19 CCJ TramitacaoDepois da aprovação de sua admissibilidade na CCJC, a proposta segue para análise de mérito em Comissão Especial a ser instituída pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ).

Ele acompanhou pessoalmente a votação na CCJ e atuou pela aprovação da PEC, demonstrando que suas brigas com o governo estão sendo superadas em nome do interesse maior dos seus partidos e do mercado (corporações empresariais e sistema financeiro). O governo e os partidos aliados fizeram, inclusive, acordo para instalar rapidamente a comissão especial. A previsão é que isso aconteça já na quinta-feira (25/04).

Após a criação dessa Comissão, caberá aos líderes partidários indicarem os parlamentares que comporão os trabalhos. A Comissão Especial (logo após a designação do relator) terá 40 sessões para analisar o mérito da proposta, e a apresentação de emendas à proposta deve ser feita nas primeiras 10 sessões.

Caso seja aprovada pela comissão, segue para o plenário da Câmara, onde precisa ser aprovada em duas votações com o aval de três quintos dos 513 deputados em votação nominal, o equivalente a 308 votos. Depois, a proposta ainda segue para o Senado, e caso sofra alterações, volta para a Câmara para nova apreciação e votação.

Veja como votou cada deputado da comissão

Votaram sim (foram a favor da reforma):

Bia Kicis (PSL-DF) Sim

Caroline de Toni (PSL-SC) Sim

Daniel Freitas (PSL-SC) Sim

Delegado Marcelo (PSL-MG) Sim

Delegado Waldir (PSL-GO) Sim

FelipeFrancischini (PSL-PR) Sim

Nicoletti (PSL-RR) Sim

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) Sim

Beto Rosado (PP-RN) Sim

Hiran Gonçalves (PP-RR) Sim

Marcelo Aro (PP-MG) Sim

Margarete Coelho (PP-PI) Sim

Darci de Matos (PSD-SC) Sim

Deleg. Éder Mauro (PSD-PA) Sim

Edilazio Junior (PSD-MA) Sim

Fábio Trad (PSD-MS) Sim

Stephanes Junior (PSD-PR) Sim

Arthur O. Maia (DEM-BA) Sim

Bilac Pinto (DEM-MG) Sim

Geninho Zuliani (DEM-SP) Sim

Paulo Azi (DEM-BA) Sim

Alceu Moreira (MDB-RS) Sim

Celso Maldaner (MDB-SC) Sim

Herculano Passos (MDB-SP) Sim

Márcio Biolchi (MDB-RS) Sim

Gelson Azevedo (PR-RJ) Sim

Giovani Cherini (PR-RS) Sim

Marcelo Ramos (PR-AM) Sim

Sergio Toledo (PR-AL) Sim

João Campos (PRB-GO) Sim

João Roma (PRB-BA) Sim

Lafayette Andrada (PRB-MG) Sim

Luizão Goulart (PRB-PR) Sim

Eduardo Cury (PSDB-SP) Sim

Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) Sim

Samuel Moreira (PSDB-SP) Sim

Shéridan (PSDB-RR) Sim

Paulo Martins (PSC-PR) Sim

Maurício Dziedrick (PTB-RS) Sim

Diego Garcia (PODE-PR) Sim

Léo Moraes (PODE-RO) Sim

Genecias Noronha (SOLIDARIEDADE-CE) Sim

Augusto Coutinho (SOLIDARIEDADE-PE) Sim

Luis Tibé (AVANTE-MG) Sim

Rubens Bueno (CIDADANIA-PR) Sim

Pastor Eurico (PATRI-PE) Sim

Enrico Misasi (PV-SP) Sim

Gilson Marques (NOVO-SC) Sim

Votaram não (foram contra a reforma):

Afonso Motta (PDT-RS) Não

Eduardo Bismarck (PDT-CE) Não

Gil Cutrim (PDT-MA) Não

Subtenente Gonzaga (PDT-MG) Não

Renildo Calheiros (PCdoB-PE) Não

Clarissa Garotinho (PROS-RJ) Não

Alencar S. Braga (PT-SP) Não

Joenia Wapichana (REDE-RR) Não

José Guimarães (PT-CE) Não

Maria do Rosário (PT-RS) Não

Nelson Pellegrino (PT-BA) Não

Patrus Ananias (PT-MG) Não

Paulo Teixeira (PT-SP) Não

Danilo Cabral (PSB-PE) Não

João H. Campos (PSB-PE) Não

Júlio Delgado (PSB-MG) Não

Luiz Flávio Gomes (PSB-SP) Não

Talíria Petrone (PSOL-RJ) Não

0
0
0
s2sdefault