SINESP e o conjunto dos Sindicatos da Educação realizam audiência com SME sobre a Greve!

Governador e Secretários do Estado de São Paulo anunciaram, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 3 de março, o retrocesso à fase vermelha do plano SP de contingência do coronavírus a partir de 0h de sábado, 6 de março, em todas as regiões menos para Escolas!

Câmara Municipal de Diadema congratula SINESP e Sindicatos pela Greve na RME!

Escolas funcionando é contrassenso

Governador e secretários admitiram o caos na Saúde e o iminente colapso nos hospitais e UTIs da rede pública, e que não há alternativa, que não seja o isolamento, para evitar que as pessoas se contaminem e contaminem os demais.

Mas pela decisão que anunciaram, isso não vale para as escolas.

Não recuaram da reabertura e insistem que os educadores precisam estar nas unidades, sujeitando todos à contaminação pelo novo coronavírus num momento em que a pandemia ganha contornos de tragédia. Veja a coletiva AQUI.

Comunidade escolar precisa de garantia de vida

As explicações que deram para manter as escolas abertas, mesmo com o caos anunciado na saúde pública, não esclarece ou convence nem eles próprios. “As escolas estão abertas para quem precisa”, disse o secretário estadual de educação Rossieli Soares. Precisa do quê?

O que educadores, demais profissionais da educação, pais e crianças precisam é de garantia de segurança para proteger a saúde e a vida. O que não terão se usarem transporte público, se deslocarem pela cidade e se colocarem nessas e em outras situações de risco, dentro e fora das escolas.

Além disso, já foi constatado que são os adultos que contaminam as crianças – leia AQUI.

As escolas têm de fechar!

Na coletiva, o secretário de estado da Educação chegou a pedir aos pais que, se possível, deixem os filhos assistindo aulas remotas nas próximas duas semanas, a fim de diminuir a circulação de pessoas, e que só os mais vulneráveis frequentem as aulas.

Outro absurdo! O governo não deixa claros quais os critérios para definir esse grupo e, mais uma vez, lava as mãos, deixa a decisão para os pais e obriga os educadores a ficarem de prontidão para o atendimento.

Já João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no estado, disse que pessoas cada vez mais jovens estão tendo complicações decorrentes de infecção por covid e sendo internadas.

Por "resistirem mais", disse ele, estão ocupando os leitos por mais tempo e por isso esgotando rapidamente a capacidade dos hospitais do Brasil inteiro, inclusive em São Paulo.

Se fosse coerente com o que afirma, reconheceria que essa é mais uma razão para fechar as escolas até que a vacinação alcance todos.

O secretário  de Saúde Jean Gorinchteyn, que na véspera havia defendido lockdown e fechamento imediato das escolas com argumentos técnicos, foi obrigado pelo governador a divulgar uma nota reafirmando que o que dissera à rádio CBN era apenas uma “opinião pessoal”.

Com essa decisão estapafúrdia, que não esconde vieses e interesses mesquinhos, e com essa conversa irresponsável, estão jogando a categoria e a comunidade escolar na fogueira!

Reunião com SME sobre a Greve!

O SINESP, em conjunto com as demais Entidades Sindicais representativas dos Profissionais de Educação, esteve em audiência presencial no dia 3 de março de 2021 no Gabinete da Secretaria Municipal de Educação com a presença de Fernando Padula, Secretário de Educação, Malde Vilas Boas, Secretária Executiva e Minea Fratelli, Secretária Adjunta, além da presença de Fabricio Cobra, Secretário Executivo de Gestão.

O debate na reunião foi a Greve da Educação iniciada no dia 10 de fevereiro de 2021 pelo conjunto das Entidades Sindicais.

A Secretaria Municipal se mostrou inflexível quanto à pauta unificada que exige o trabalho remoto para todos os Profissionais de Educação e que os bebês, crianças e alunos recebam as condições de acesso para o atendimento remoto.

O Secretário Municipal de Educação Fernando Padula enfatizou que enquanto a Saúde não determinar o fechamento, as Unidades Educacionais permanecem presenciais.

  • Protocolo de afastamento dos Profissionais de Educação e Comunidade

Não têm sido realizados protocolos padronizados quanto aos inúmeros casos de suspeita e infecção nas Unidades Educacionais, Centros Educacionais Unificados, órgãos centrais e intermediários de SME. Foram apontados para o Secretário de Educação a falta de orientação dos DICEUs das DREs, divergências ou ausência de encaminhamentos de diversas Unidades Básicas de Saúde. A Secretária Adjunta Minea informou que será realizado um encaminhamento padronizado por parte de SME. O SINESP enfatizou a necessidade da preservação das vidas e o apoio aos Gestores Educacionais.

  • Declarações de Comorbidades

A entrega das declarações do Anexo I  quanto as comorbidades e outros afastamentos necessita ter ampliação do prazo, considerando a dificuldade dos Profissionais de Educação em terem atendimentos pelos serviços de saúde.  

Muitas DREs têm solicitado que os Gestores Educacionais, em especial os Diretores de Escola, façam a verificação e conferencia dos CID e descrição dos documentos médicos, ultrapassando a competência legal e formação dos Diretores, fato apontado de forma enfática pelo SINESP na reunião. 

A Secretária Adjunta Minea manifestou que o prazo de 15 de março poderá ser ampliado.. Quanto à exigência das conferências de CID, SME informa não ser o trabalho a ser feito pelos Gestores Educacionais

SINESP enfatizou a necessidade destas declarações serem publicizadas pela Secretaria Municipal de Educação para a RME.

  • Contratos de Limpeza e Lavanderia

Os contratos de limpeza foram apontados pelo SINESP desde 2019 nas Mesas Setoriais, Bilaterais e pelo Retrato da Rede quanto a quantidade insuficiente de colaboradoras, materiais insuficientes e inadequados. Com a pandemia a situação tem sido agravada e foi pelo SINESP nos meses de janeiro e fevereiro de 2021 nas reuniões com SME enfatizados os problemas existentes, sendo o tema denunciado pelo Sindicato à mídia, sobretudo com mais de 600 Unidades Educacionais que ficaram sem contratos de limpeza e outras Unidades com contratos que já não atendiam as demandas antes da pandemia.

Foi apontado que os contratos de lavanderia não contemplam os novos CEUs CEMEIs e CEMEIs.

A Secretária Executiva Malde se comprometeu a revisar todos os problemas. O SINESP cobrou que o compromisso precisa ser efetivo considerando ser uma demanda já recorrente.

Greve Continua

Diante da inflexibilidade da SME em não fazer a real defesa à vida, colocando todos no remoto e fechando às Unidades Educacionais, o conjunto das Entidades Sindicais conclama a categoria a manter e intensificar a greve, em diálogo com as comunidades e territórios educativos, com foco na preservação de vidas.


LEIA MAIS:

>>> Saúde admite a necessidade do fechamento das Escolas em São Paulo


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Câmara de Vereadores de Diadema congratula o SINESP e demais entidades sindicais da Educação Municipal de SP pela luta em defesa à vida!

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