O debate do novo currículo do Ensino Médio excluiu alunos e famílias!

Organização da Unidade Educacional e especificidades dos territórios não foram consideradas por SME!

O SINESP atuante em defesa da Educação Pública da Cidade de São Paulo esteve presente na Comissão de Educação, Cultura e Esportes no debate sobre a Reforma Curricular do Ensino Médio

A mudança curricular está prevista pela Nova Base Nacional Comum Curricular - BNCC a  ser realizada até 2022. A Secretaria Municipal de Educação apresenta uma proposta de ampliação da carga horária para que contempla inclusive aos alunos do ensino noturno aulas em EAD.

A Dirigente Sindical do SINESP Márcia Fonseca Simoes enfatizou que os Gestores Educacionais foram excluídos do processo de debate do novo currículo, ponto já denunciado junto ao Ministério Público durante escuta promovida pelo Promotor Serra Azul envolvendo sindicatos e entidades da sociedade civil e com grande participação da Diretoria, CREP e RELT do SINESP.

As Unidades Educacionais com Ensino Médio voltaram presencialmente e o SINESP manifestou-se de forma contrária anteriormente a SME e ao Comitê de Crise da Educação ressaltando o exíguo tempo, desrespeito ao próprio protocolo quanto ao tempo para diálogo com as famílias, com Profissionais de Educação, e aponta falta de professores específicos que já ocorria desde antes da pandemia de áreas como sociologia, física entre outras.

A SME com o novo currículo não pode fazer experiências sem adequado planejamento usando os alunos como objetos. 

Confira a fala da Dirigente Márcia na Cãmara

A consulta pública feita pela SME excluiu a participação das entidades sindicais, do CRECE e da comunidade escolar, inclusive o instrumento de consulta não foi enviado para as famílias, invalidando o instrumento de consulta. O Ensino à distância proposto para ser uma das mudanças no novo currículo do Médio municipal e o presente ano já demonstrou a dificuldade de acesso para comunidade e profissionais de educação, sendo uma estratégia inviável.

Não trazer a juventude para o debate é tirar da comunidade o espaço de discussão.

O Currículo da Cidade inclui a importância da Gestão Democrática e ela não pode ficar somente no documento, mas ser efetivada pela SME. Num ano pandêmico e atípico, a SME deseja implementar uma proposta que não foi detalhada nem teve considerada a especificidade de cada Unidade Educacional dentro dos seus Territórios Educativos.

O SINESP na defesa dos Gestores Educacionais denuncia a falta de organização por parte da SME que traz empecilhos para o planejamento e o trabalho dos Gestores, considerando o momento de atribuição de aulas, falta de orientações claras e diálogo das DRE.

A Rede já teve o fechamento da oferta direta dos cursos técnicos médios no final do ano de 2019, mantendo apenas o curso Normal Médio. A Rede não pode viver de surpresas vindas de SME.

A Dirigente Marcia Simões enfatiza que o Conselho Municipal de Educação precisa participar do debate, uma vez que está elaborando o parecer do novo Currículo. O CME precisa estar aberto a escuta das entidades sindicais, familias para que a construção do novo currículo contemple a realidade da Rede Municipal de Educação. 

Gestor Educacional, junte-se ao SINESP, que luta com você!

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