A minuta de protocolo de volta às aulas que vazou na rede um dia depois do Secretário ter participado de audiência pública sobre o tema indica as intenções da SME!

A Secretaria Municipal de Educação se manteve surda para os educadores e os Sindicatos e cega para a realidade das escolas, praticando o cumpra-se unilateral, muitas vezes sem conexão com a realidade.

Desde março, o SINESP atua em conjunto com outros Sindicatos da educação para abrir diálogo, discussão e negociação das condições de trabalho em regime de plantão e em home office, das demandas crescentes dos Gestores e de decisões problemáticas, como a distribuição de cestas básicas nas escolas sem a garantia de segurança e sem uma logística própria.

Agora com a discussão do retorno, sob pressão dos sindicatos e também do Comitê de Crise organizado pela Comissão de Educação e pelas lideranças sindicais da categoria, o secretário aceitou se reunir com os sindicatos e participar de audiência pública na câmara.

Mas não veio para o diálogo.  Trouxe um pacote pronto, feito sem escuta, sem diálogo com os profissionais e seus sindicatos, sem considerar as carências estruturais das escolas que dificultam e até impedem a aplicação do plano.

Abaixo estão algumas observações sobre a minuta da SME, no que tange à ausência histórica de estrutura na RME para atender a demanda da capital com qualidade como vem sendo mostrado pela pesquisa do SINESP para o Retrato da Rede há mais de uma década.

 

Algumas observações sobre a minuta de protocolo de volta às aulas da SME

SME diz que o plano foi montado sob orientação da saúde. Coloca situações que, na imensa maioria, são de difícil aplicação prática.

Joga toda a responsabilidade para as escolas, inclusive questões estruturais, que envolvem verbas e manutenção e dependem das DREs e da SME. Sanitários, por exemplo, a diretriz é não deixar faltar material de higiene e garantir vasos e pias sem defeito.

Em nenhum local está dito que a SME garantirá manutenção das unidades com problemas estruturais, suprimento de materiais de higiene, número necessário de funcionários e fornecimento de itens de segurança (no caso das máscaras, dá a entender que é problema de cada aluno e profissional).

O plano da prefeitura está montado para, se algo der errado, o problema ser das equipes escolares, que são responsabilizadas por orientar adequadamente os profissionais, os alunos e as famílias.

Na real, a SME continua com o cumpra-se unilateral, cego e surdo, pois o Secretário se reunir com os Sindicatos e participou da audiência para informar suas decisões.

Para cumprir as diretrizes, as populações nas escolas terão de ser diminuídas pelo menos à metade, e a minuta não aponta quais seriam os critérios?

Organizar fluxos de entrada e saída, intervalos e refeições será quase impossível em muitas unidades.

O nível de atenção e trabalho aumenta muito; como dar conta com módulos incompletos e a falta crônica de funcionários?

Estes e outros aspectos dos temas (pedagógicos, saúde etc) serão aprofundados no SINESP Diálogos dessa sexta, 10 de julho, às 18h30, com Gestores da RME que estão na linha de frente e com a Drª em microbiologia Natália Pasternak – VEJA AQUI COMO PARTICIPAR!

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