SMS-G / PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/ AIDS

 

NOTA TÉCNICA Nº 002/2016-SMS.G/PM-DST/AIDS/SMS

 

ASSUNTO: DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO PELO HIV

 

1. Diante da complexidade de situações que ocorrem na rotina diária das unidades de saúde, reforçamos, nesta Nota Técnica, a necessidade de que os profissionais de saúde conheçam as recomendações relativas ao diagnóstico de infecção pelo HIV contidas no “Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV”, do Ministério da Saúde, 3ª edição, julho de 2016, disponível no endereço: manual_tecnico_hiv_-_2016_final_25_07.pdf

 

2. Neste “Manual” são apresentados 06 (seis) fluxogramas que permitem o diagnóstico seguro da infecção por HIV em pessoas com idade acima de 18 meses.

 

3. Em todos os fluxogramas é necessário realizar 2 coletas, em momentos diferentes, para firmar o diagnóstico de infecção por HIV.

 

4. No teste convencional, o paciente que tem resultado reagente na 1ª amostra coletada, isto é, que tem o 1º teste (de triagem) e o 2º teste (mais específico, geralmente chamado de confirmatório) positivos, precisa ser chamado para coletar a 2ªamostra, na qual será repetida a primeira fase do exame. Atenção: teste confirmatório não é 2ª amostra.

 

5. A coleta de exames é descentralizada na rede municipal, por este motivo os profissionais de saúde das unidades devem chamar os pacientes para coletar a 2ª amostra. Em outras situações, nas quais a coleta é feita diretamente no laboratório, o próprio laboratório chama o paciente para coletar a 2ª amostra.

 

6. No teste convencional, a coleta da 2ª amostra se destina a eliminar a possibilidade de erro. O erro mais frequente é a TROCA de amostras. No Teste Rápido Diagnóstico, a 2ª amostra deve ser feita para melhorar o valor preditivo do teste (i.e, sua acurácia).

 

7. Após o resultado de teste HIV positivo, no acompanhamento no Serviço de Assistência Especializada (SAE) ou Centro de Referência em DST/Aids (CR), se a primeira carga viral for menor que 5.000 cópias/ml ou indetectável, a possibilidade de resultado falso-positivo para o HIV deve sempre ser investigada por meio da solicitação de teste complementar como Western Blot, Imunoblot ou Imunoblot rápido, para confirmar o diagnóstico de infecção por HIV. A hipótese de se tratar de um paciente “controlador de elite” deve ser considerada, embora estes representem menos de 1% da população com HIV, após a exclusão de resultado falso-positivo para o HIV.

 

8. O Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo recomenda que se cumpram os fluxogramas de diagnóstico do HIV e encaminhamos esta Nota Técnica para ampla divulgação e ciência de todos profissionais que solicitam estes exames.

 

Publicado no DOC de 17/12/2016 – p. 63

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