As manifestações das Mulheres nos 8 de março de 2017 e 2018 tiveram dimensão histórica, e o SINESP e os Gestores Educacionais estavam lá, participando e contribuindo com a luta!

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O 8 de março de 2018 foi em frente à Câmara Municipal

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Em 2017 o 8 de março deu a largada decisiva para a luta que barrou a re(de)forma da Previdência do governo Temer, e no ano seguinte para a batalha contra a re(de)forma municipal, que resultou no adiamento da votação.

Mais uma vez as mulheres ocuparão um lugar de destaque e mostrarão seu protagonismo na luta dos trabalhadores brasileiros.

A manifestação de 8 de março deste ano promete ser novamente uma arrancada heróica para barrar a proposta nefasta de re(de)forma da Previdência do Bolsonaro, além de dar um importante impulso na greve dos Servidores Municipais pela revogação da reforma de Bruno Covas.

Por isso as assembleias dos Servidores Municipais em greve realizadas na quinta-feira, 28/02, aprovaram nova manifestação no dia 08/02, às 14h00 na prefeitura, seguida de passeata até o MASP, para participarmos do ato de 8 de março.

O SINESP chama toda a categoria a participar e reforçar a luta: MANIFESTAÇÃO UNIFICADA no dia 08/03 – 14h00 na prefeitura e 16h00, no MASP (Av. Paulista)

Manifestacao 8Marco 2017Em 2017, o 8 de março foi na Praça da Sé

Desigualdades, preconceitos e injustiças permanecem e exigem luta!

Na campanha eleitoral, o candidato a presidente vitorioso afirmou que não pagaria às mulheres o mesmo salário que a um homem, e que não daria preferência à mulher numa contratação.

Empossado, sua Ministra da Mulher, da Família e dos Diretos Humanos disse que “homem usa azul e mulher rosa”, entre outros impropérios sexistas. Ela e todo o governo também apoiam o movimento que busca impedir os educadores de abordarem as questões de gênero em nossas escolas.

Essas ações expressam o avanço do ideário conservador no Brasil, que entre outras coisas busca frear o avanço das lutas das mulheres. Isso torna mais necessário que nunca reafirmar as reivindicações e necessidades da população feminina no Brasil, denunciar as desigualdades de gênero e a violência contra a mulher.

Afinal, a mulher continua ganhando menos nas mesmas funções que os homens, sendo preteridas em cargos de chefia e direção no mercado de trabalho, cumprindo sobrejornada em suas casas, sendo vítimas de violência doméstica e social e de feminicídio, que é o assassinato que tem o fato de ser mulher como única causa.

O dia 8 de março oferece momento privilegiado de denunciar essa discriminação que persiste, a base machista e patriarcal da sociedade e exigir o fim das desigualdades!

Reforma do governo Bolsonaro é mais perversa com as mulheres

Pelas regras de transição propostas por Bolsonaro, que quer implementar a idade mínima de 62 anos para as mulheres, toda mulher terá de trabalhar mais sete anos (55+7 = 62) para se aposentar por idade. E terá de ter, no mínimo, 40 anos de contribuição para ter direito ao benefício integral, sem descontos.

Além disso, a proposta de re(de)forma de Bosonaro e Paulo Guedes busca igualar as idades, impondo idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, o que é absurdo porque desconsidera a sobrejornada de trabalho das mulheres na sociedade.

Para o magistério, a proposta é perversa e exerce um impacto muito grande, especialmente nas mulheres, que são maioria dos trabalhadores na educação. O estabelecimento de idade mínima para se aposentar aos 60 já é um ataque enorme, que fica muito pior por igualar homens e mulheres, retirando delas os 5 aos de antecipação.

O SINESP está estudando o texto e em breve publicará uma análise mais detalhada do impacto para nossa categoria.

Motivos para lutar não faltam! Todas na manifestação do DIA 8 DE MARÇO!

Violência à mulher é problema grave no Brasil

A pesquisa "Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil", divulgado no dia 26/02/19 pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), revelou que 27,4% das mulheres do país sofreram algum tipo de violência ou agressão no último ano.

Quase 80% dessas agressões foram praticadas por um conhecido, como cônjuge, ex-companheiro ou até vizinho. E cerca de 40% das agressões aconteceram no interior do próprio lar. Menos da metade das mulheres procuram algum tipo de ajuda para a violência sofrida.

Quando se trata de assédio, como "cantadas", comentários desrespeitosos ou assédio físico no transporte público, os números são ainda maiores: 37,1% das mulheres entrevistadas disseram ter passado por alguma dessas situações nos últimos doze meses. São resultados assustadores.

Segundo uma estimativa da pesquisa, são mais de 4,6 milhões de mulheres que sofreram uma agressão física (batidão, empurrão ou chute) propriamente dita no Brasil no último ano. O que dá, em média, 536 mulheres por hora. Para violências de qualquer tipo, são 16 milhões de mulheres --1.830 por hora.

A pesquisa ganha importância por ser uma forma de ver além da subnotificação dos casos, que leva os registros oficiais do estado a não darem conta da dimensão do problema.

Também é importante porque a realidade política brasileira não favorece a elaboração e implementação de políticas públicas de combate à violência contra a mulher.

Principalmente no momento político em que o país vive, em que o movimento conservador, que buscar frear o empoderamento feminino e as conquistas das mulheres em direitos e políticas públicas, avançou e está freando e evitando também o debate de gênero, dizendo que isso é algo “ideológico”, e não um fato social constatável empiricamente em pesquisas com essa.

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