CAPESO governo impôs à CAPES um corte significativo em relação ao orçamento anterior, fixando um patamar muito inferior ao estabelecido na LDO.

Essa medida comete o crime de impactar negativamente os programas de fomento da agência, como pós-graduação, formação dos profissionais da educação básica e cooperação internacional. Trará grande retrocesso para a educação nacional, para a formação de docentes, pesquisadores e cientistas.

O SINESP condena e denuncia essa ação governamental como mais um passo na desarticulação e na privatização da educação no Brasil, encaminhada em vários níveis governamentais.

Veja AQUI texto do site change.org e o abaixo assinado contra essa medida.

Veja a seguir o comentário do Sociólogo e Consultor do SINESP Rudá Ricci.

Sobre os cortes orçamentários:

Temer decidiu impor esta lógica comprovadamente desastrosa da "austeridade fiscal" que desestabilizou toda a Europa. Os cortes irresponsáveis do orçamento estão jogando o país no desalento. Lembremos que o orçamento público, ao contrário do doméstico, tendo cortes de investimentos (e os investimentos públicos, na Era Temer, recuaram aos valores de 50 anos atrás), acabam diminuindo a arrecadação pública de tal maneira que ingressamos num inferno econômico que freia o desenvolvimento do país. Por este motivo que os 4% de crescimento previstos para este ano em janeiro já caíram para 1,6% e devem, ao final do ano, se revelarem abaixo de 1%.

Sobre a PEC 95:

Este foi a mais irresponsável medida deste Congresso Nacional. Estudos revelam que se esta famigerada lei não for derrubada rapidamente, atingiremos, em vinte anos, o nível de investimento social de Madagascar ou Congo. Estaremos no final da fila do ranking mundial neste quesito.

Estudos do maior especialista neste tema, o inglês David Stuckler, sugerem que teremos aumento dos casos de epidemias por doenças já superadas por nós, aumento do índice de suicídios e casos de AIDs.

Uma irresponsabilidade monstruosa com o futuro de nosso país.

Sobre o orçamento da Capes para 2019:

As projeções em relação a este corte são assustadoras.

O corte de R$ 580 milhões atinge 200 mil bolsistas. Atinge o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), o Programa de Residência Pedagógica e o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) cuja previsão é de atingir 105 mil bolsistas em 2019. Programas de fomento às pesquisas de mestrado, doutorado e pós-doutorado contarão com 93 mil estudantes e pesquisadores bolsistas para o próximo ano.

O governo Temer será lembrado como o maior desastre para as políticas públicas do Brasil em toda nossa história.

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