SINESP mostra a força de sua organização sindical e coloca no plenário (poleiro) da câmara expressivo número de filiados para dar início a uma luta que será árdua: impedir que o PL 621/16, do prefeito João Dória, seja aprovado.

A mobilização se deu na quinta, 1º de fevereiro, dia do início do ano legislativo. Junto com outras entidades representativas dos Servidores Municipais, o SINESP, com seus dirigentes e filiados, mostrou aos Vereadores que a categoria é inteiramente contrária à perda de qualquer direito e a qualquer mudança na Previdência Municipal.

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O prefeito desistiu de comparecer na cerimônia que estava prevista para marcar o início dos trabalhos legislativos em 2018. Deve ter sido avisado que a categoria estaria lá e não quis ficar cara a cara com os trabalhadores.

O presidente da Câmara transformou a sessão, que seria ordinária, em solene e pressionou os servidores a não se manifestarem na “casa do povo”. Não queria deixar os trabalhadores expressarem seu repúdio a mais essa arbitrariedade do governo que ele representa no parlamento.

Mas os servidores reagiram e não só tomaram o poleiro, como também o auditório interno. Inúmeros filiados e dirigentes sindicais do SINESP se dividiram estrategicamente entre o auditório e poleiro, dando corpo à mobilização.

Poucos vereadores se dirigiram aos servidores ou saudaram sua presença. Isso é outra indicação de que a luta será árdua. Hoje, no Brasil, os representantes eleitos pelo povo não estão mais ouvindo e nem representando aqueles que os elegeram. Vamos ter que fazer nossa parte com uma intensa mobilização!

Foi um ato extremamente forte, em que os servidores mostraram sua indignação contra a reforma de Dória. Os filiados do SINESP responderam massivamente à convocação do seu sindicato e fizeram questão de acompanhar os dirigentes em todos os momentos. Essa disposição precisa estar presente nos próximos atos, para que essa árdua luta resulte em vitória!

Entre outros prejuízos, a re(de)forma proposta por Dória:

  • Propõe aumento de contribuição de 11% para 14%.
  • Cria cobrança progressiva de 19%, que é inconstitucional.
  • Quer criar um fundo de pensão no Município atrelado ao do Estado (SPPREV).
  • Quer transformar o IPREM em cabide de cargos com altos salários.
  • Divide os Servidores em antigos e novos, fragilizando ainda mais o IPREM.

Nossa resposta deve ser imediata e contundente!

Venha! Participe com o SINESP de todas as ações que virão!

Converse com os colegas de trabalho e também com os aposentados! Mostre que precisamos tomar, juntos, atitudes de mobilização sem precedentes e inadiáveis, sem as quais sofreremos, tanto ativos como aposentados, prejuízos profundos e irrecuperáveis em nossos direitos!

Veja abaixo o Manifesto dos(as) Servidores(as) Municipais entregue no ato aos parlamentares:

Sr(a). Vereador(a),

O Prefeito de São Paulo, João Doria, encaminhou à Câmara em 18 de dezembro de 2017, novo texto ao PL nº 621/2016, que tratava exclusivamente da criação de previdência complementar dos servidores municipais, incorporando ao projeto aumento da alíquota dos servidores, redução da alíquota do governo, criação de alíquota complementar, segmentação de massas previdenciárias, alterações na proposta de previdência complementar e reestruturação do IPREM. 

Diferentemente do que alega a gestão Doria, inclusive se utilizando da grande imprensa, as análises técnicas preliminares em construção conjunta por nossas entidades sindicais, com apoio do DIEESE, revelam que as projeções de um cenário caótico das finanças municipais apresentadas pela administração compõem uma peça de ficção.

Além do mais, o novo projeto apresentado como solução irá quebrar definitivamente a previdência do funcionalismo municipal e acelerar o desmonte dos serviços dos quais dependem os munícipes.

Nesse sentido, comparecemos no início do ano parlamentar, solicitando a cada representante eleito desta Casa do Povo que nos ajude a retirar imediatamente esse projeto de lei, posicionando-se contrariamente ao mesmo.

Dispomo-nos desde já ao diálogo, para que possamos apresentar nosso posicionamento e as informações que ajudam a compreender o risco que esse projeto traz à cidade de São Paulo.

São Paulo, 1º de fevereiro de 2018.

Assinam esse Manifesto:

AAEPMSP; ACMSP; ADEGEP; AEMSP; AMAASP; AMACISP; ANIS; AOPSP; APIPREM; APROFEM; ASMUSP; AUXILIARES DE ENFERMAGEM; FASP; FETAMSP; SASP; SAVIM; SEAM; SEESP; SIMESP; SINDGUARDAS; SINDILEX; SINDSEP; SINESP; SINDSAUDE;-SP; SINFAR-SP, SIMPSI.

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