O QUE E A ACADEMIA ESTUDANTIL DE LETRAS

 

A Academia Estudantil de Letras - AEL é uma autêntica Academia de Letras, com as devidas adaptações para o público estudantil, desenvolvidas nas Unidades Escolares da Rede Municipal de Ensino.


Configura-se em um espaço de leitura que explora a função humanizadora da literatura, sensibilizando, provocando reflexões e favorecendo o exercício do protagonismo infantojuvenil e adulto, por meio de estratégias pedagógicas de motivação prazerosa, que apresentem resultados positivos de transformação da vida dos educandos.


Dentro da dinâmica do projeto, os alunos escolhem um autor da literatura para representar na Academia. Nos encontros literários, fazem pesquisas e realizam seminários sobre os seus amigos literários, assistem a palestras de poetas, escritores e artistas convidados. 


Com o tempo os mais experientes vão assumindo de forma processual a titularidade das cadeiras pretendidas. Outros, mais novos, dos anos precedentes, também são preparados, como membros correspondentes ou suplentes, para assumir a vacância da titularidade. Quando os mais experientes saem é garantida a continuidade do processo. 


Os encontros literários buscam privilegiar os aspectos lúdicos presentes na leitura. As oficinas de teatro, também desenvolvidas no projeto, procuram trazer outra forma de expressão para os gêneros literários trabalhados, permitindo que os alunos aprendam a se expressar e apresentar a literatura de forma adaptada pelas Artes Cênicas. Os encontros no projeto acontecem fora do horário regular, dentro de uma perspectiva que defende a educação em tempo integral, com a utilização de outras abordagens educativas e utilização de espaços diferenciados para esses encontros.


Os educandos participam da AEL por livre iniciativa e, em sua maioria, continuam no projeto até a conclusão dos seus cursos (em alguns casos ex-alunos da Rede Municipal de Ensino continuam a participar das atividades devido ao vínculo criado). 


Além dos encontros no projeto, os alunos participam também de eventos culturais, solenidades de fundação de novas Academias, festas anuais de posse e mostras de teatro, onde encenam obras da literatura.


HISTÓRICO

A Academia Estudantil de Letras – AEL nasceu em 2005, na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Padre Antônio Vieira, idealizada pela então professora de Língua Portuguesa, Maria Sueli Fonseca Gonçalves, conhecida por todos como Suelizinha.


Em março de 2006, a professora recebeu o convite da Secretaria Municipal de Educação – SME – para integrar a equipe da Diretoria Regional de Educação (DRE) Penha, com o objetivo de iniciar a expansão da Academia Estudantil de Letras para outras escolas dessa DRE.


Os primeiros resultados logo começaram a despontar. Ao término de 2007, três novas academias foram fundadas: AEL Monteiro Lobato, na EMEF Pref. José Carlos de Figueiredo Ferraz; AEL Cecília Meireles, na EMEF Cecília Meireles e AEL Lygia Fagundes Telles, na EMEF Octávio Mangabeira.


O projeto foi crescendo graças à divulgação das ações dessas academias e também às formações realizadas, na DRE Penha, pela professora idealizadora. Aliado a isso, outros fatores que contribuíram para o crescimento das academias foram o encantamento e a transformação que esse projeto provoca, cotidianamente, nas relações entre alunos e professores e no gosto pela literatura. Os depoimentos, de professores e de alunos, quanto aos resultados obtidos, são estimulantes e podem ser comprovados.

Atualmente, são 66 Academias Estudantis de Letras, incluindo as já fundadas e as em processo de fundação 
(veja relação), na Rede Municipal de Ensino (RME) de São Paulo, envolvendo milhares de alunos.  Em agosto de 2015, foi publicada a Portaria nº 5.296 que Institui o Projeto “Academia Estudantil de Letras” nas Unidades Educacionais que mantêm o Ensino Fundamental e o Ensino Médio da Rede Municipal de Ensino de São Paulo. A partir da publicação da portaria, iniciou-se a expansão do projeto, multiplicando, consideravelmente, o número de academias inicialmente constituídas. (Conheça as novas Academias).

A iniciativa, também, serviu de modelo para a implantação de Academias Estudantis de Letras, em escolas das cidades de Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Poá, Suzano e, para além do estado, em Apodi, interior do Rio Grande do Norte, em Picos, no Piauí, Quixadá (CE), Tijucas (SC) e Serra (ES).

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