Os filiados que participaram da assembleia do SINESP realizada na segunda, 6 de março, decidiram somar forças com todos os trabalhadores brasileiros neste momento histórico para o país.
Mobilização no dia 8 de março
No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a mobilização será na Praça da Sé, conjuntamente com movimentos de mulheres nacionais e internacionais e as Centrais Sindicais.
O SINESP chama toda a categoria a participar da concentração, a partir das 15h00, no Marco Zero da Praça da Sé.
Após o ato, às 17h00 está prevista uma caminhada, da qual participaremos, e às 18h00 está marcada a palestra "História do Feminismo, do 8 de março e a situação da mulher hoje”, no CFCL-SINESP, que será seguida de debate sobre a situação da mulher e as lutas necessárias para superar as desigualdades que persistem.
A mobilização do dia 8 de março será uma primeira grande manifestação para reforçar a luta em defesa da Previdência Pública, que terá seu grande momento no dia 15.
Paralisação no dia 15 de março
15 de março é dia de jornada nacional de lutas com greves e paralisações contra os ataques contidos na propostas do governo para as reformas previdenciária e trabalhista.
Essa luta é histórica e imprescindível para todos os trabalhadores brasileiros, por isso o SINESP convocou a categoria para tomar posição em assembleia, e se inserir nessa luta.
Nada até hoje foi capaz de afetar de forma tão radical a vida dos trabalhadores e trabalhadoras que estão na ativa como esses projetos do governo.
As mudanças propostas pelo governo terão forte impacto sobre toda a população, especialmente os jovens trabalhadores (que deverão contribuir 49 anos para conseguir se aposentar com benefício integral), os idosos, e trabalhadores e trabalhadoras rurais, que convivem com trabalho penoso e desregulamentado, com dificuldade e até impossibilidade de comprovação de tempo para a maioria.
E têm impacto especial sobre as mulheres, já que estabelece uma idade mínima comum para homens e mulheres, para obtenção da aposentadoria: 65 anos. Essa alteração despreza o fato de que as mulheres ainda convivem com piores condições de trabalho e com a dupla, ou até tripla, jornada de trabalho, com uma média de horas de trabalho semanal superior à dos homens. O papel fundamental de proteção, cumprido pela previdência social, tem de ser mantido e até reforçado, como forma de reconhecimento e combate à desigualdade, e não eliminado.
A decisão da assembleia foi unânime: O SINESP participará e convoca todos os Gestores Educacionais a participarem da paralisação do dia 15 de março. Todo o país tem de parar nesse dia para dizer NÂO às reformas da Previdência e Trabalhista. E nós estaremos juntos.
Assim que tivermos confirmação do horário e local da manifestação unificada que deve ocorrer neste dia, divulgaremos aqui no site do SINESP.
Palestra e debate no CFCL-SINESP
O SINESP programou diversas atividades para marcar o Dia Internacional da Mulher (veja AQUI).
Entre elas está a palestra seguida de debate, que tem como tema: "História do Feminismo, do 8 de março e a situação da mulher hoje”.
Ela está programada para ocorrer no CFCL-SINESP, após as 18h00, e a Diretoria convida toda a categoria a se encontrar lá depois da mobilização na Praça da Sé para aprofundarmos juntos nossa compreensão da situação e das lutas das mulheres.
Sobre a palestra:
Serão abordadas a construção social das diferenças entre homens e mulheres, a história do feminismo (com suas diferentes vertentes) e do 8 de março, as conquistas obtidas pelo feminismo, a necessidade do feminismo e as relações entre homens e mulheres hoje em dia, as diferentes formas de violência contra a mulher, e as bandeiras e reivindicações dos atos do dia 8 de março atualmente.
Palestrante: Mariana Luciano Afonso é psicóloga e cursa doutorado em Psicologia Social na USP. Atua como professora no ensino superior. Como pesquisadora, tem se dedicado a estudar questões relacionadas a gênero, desigualdade social e movimentos sociais. Realizou pesquisas com mulheres do MST, mulheres em situação de prostituição e movimentos sociais feministas, entre outros.