Venha ler e interpretar conosco!

O Próximo livro será: O Evangelho segundo Jesus Cristo (1991).

A obra é um romance de José Saramago que, com uma visão moderna e crítica da religião, reconta a história biblica sobre a vida de Jesus Cristo.

Leia o livro e traga suas contribuições e propostas de leituras e releituras.

Próximo encontro: 02 de agosto de 2019

Horário: 13h

Onde: CFCL – CENTRO DE FORMAÇÃO CULTURA E LAZER DO SINESP

 

Leituras do mundo

Leitura é interpretação, compreensão, troca, polêmica, debate. Interpretar o ambiente e seus contextos é fazer leituras. E quanto mais aportes e referências as baseiam, mais complexas e completas elas são.

Isso faz do Clube de Leitura do SINESP uma possibilidade de ser ver, se localizar, valorizar o conhecimento, mergulhar num mundo de ideias sem medo de colocar certezas em cheque.

A importância do clube de leitura reside, assim, na descoberta e na exploração de ideias, de universos semânticos e cognitivos e no enriquecimento intelectual pelo debate e pela reflexão conjunta a partir da riqueza de possibilidades que só a literatura oferece.

E daí construir concepções, propostas e ações comuns como membros de uma organização social estruturada para defender direitos dos seus associados, do setor e da classe social a que pertencem.

Muros que nos limitam

O livro analisado e debatido na sexta-feira, 07 de junho, é um exemplar perfeito desse universo de possibilidades.

“O Muro”, de Jean Paul Sartre, constrói com maestria uma leitura da realidade que faz sentido no período histórico em que foi escrito (entre a primeira e a segunda guerra mundiais, na ascensão do nazifacismo) e nos tempos atuais, em que estruturas históricas se repetem, e ainda não está claro se como farsa ou tragédia.

Filósofo fundador do existencialismo, Sartre ganhou o prêmio Nobel de Literatura, mas recusou a honraria. O prêmio foi um reconhecimento a sua capacidade ímpar de ler a realidade presente e propor entendimentos para a constituição humana e as estruturas políticas, econômicas e sociais estruturadas a partir dela.

Sartre cruza suas montagens filosóficas com fortes apelos psicanalíticos para desnudar as estruturas mentais que baseiam a ação humana e que se revelam em todos os momentos históricos, mais ou menos dramáticos, sempre passíveis de manipulação por interesses específicos a partir de instituições, sobretudo políticas e a mídiáticas.

 

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