Frantz Fanon
Livro clássico do psiquiatra e filósofo político martinicano Frantz Fanon, com foco na ótica pós-colonialista, embasará curso do CFCL-SINESP direcionado para a educação antirracista.
Curso livre (sem certificado): Introdução ao pensamento político de Fanon – abordagem analítica da obra Pele negra, máscaras brancas
Curso on-line: Realização pela plataforma Zoom
Ministrante: Prof. Dr. Douglas Rodrigues Barros
Datas do curso: Dias 3, 10, 17 e 24 de novembro
Horário: das 19h às 21h
Inscrições: Dias 26, 27 e 28 de outubro
Vagas: 50
Luta contra o colonialismo e o racismo
O CFCL-SINESP tem a honra de contar com o Prof. Dr. Douglas Rodrigues Barros na ministração do curso Introdução ao pensamento político de Fanon – abordagem analítica da obra Pele negra, máscaras brancas.
Frantz Omar Fanon é um dos pensadores mais importantes do século XX. Psiquiatra, filósofo e cientista social, travou uma batalha intensa contra o colonialismo e o racismo, deixando uma das obras mais importantes para a educação antirracista e a emancipação do povo preto.
Na obra Pele negra, máscaras brancas, Fanon prega que o homem negro precisa descolonizar-se para viver com plenitude. O pensador pondera que o grande desejo do homem negro é “ser humano”. Em uma construção polêmica, mas muito bem embasada, Fanon opina que esse “ser humano” almejado seria, na verdade, uma “cópia” do homem branco.
Essa ideia alienante, segundo Fanon, faria com que o homem negro abrisse mão de sua identidade e usasse máscaras brancas, a fim de aproximar-se desse ideal de civilização pautado em ideias colonizadoras. Partindo dessa premissa, o homem negro enxergaria, nessas máscaras, disfarces que o fariam cair em uma armadilha, vivendo uma vida marcada pela prisão dentro de um personagem, marginalizando sua negritude.
Pele negra, máscaras brancas é um alerta de Fanon, que visa a libertar o homem negro de si mesmo, porque, ao querer ser branco, mesmo que de forma inconsciente, o negro nega a própria existência como homem, atrelando sua vida ao esquema de manutenção do status quo pretendido pelos colonizadores.
Fanon conclama o homem preto a ir além de buscar suas identidades africanas, perdidas com a escravidão. Ele conclama o homem negro a escrever um futuro livre do colonialismo, como caminho fundamental para combater o racismo.
As ideias de Fanon são extremamente atuais e mostram-se ferramentas necessárias ao debate para a construção de uma educação antirracista. O CFCL-SINESP parte das construções do pensador martinicano para embasar o curso Introdução ao pensamento político de Fanon – abordagem analítica da obra Pele negra, máscaras brancas.
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Frantz Omar Fanon
Nasceu em 20 de julho de 1925, na colônia francesa da Martinica. Durante a Segunda Guerra Mundial, esteve em combate pelas forças de resistência no norte da África e na Europa e foi condecorado duas vezes por bravura. Estudou medicina na França, onde especializou-se em psiquiatria. Foi diretor do Hospital de Psiquiatria Blida-Joinville, na Argélia, país onde juntou-se à Força Nacional de Libertação e lutou contra o colonialismo e o racismo. Tornou-se, então, procurado pelas forças de segurança em todo o território francês. Morreu em decorrência de uma pneumonia nos EUA, onde fazia tratamento contra uma leucemia, em 6 de dezembro de 1961, com apenas 36 anos.
Prof. Dr. Douglas Rodrigues Barros
Psicanalista, doutor em ética e filosofia política pela Unifesp, ensaísta e autor dos livros Lugar de negro, lugar de branco? Esboço para uma crítica à metafísica racial e Hegel e o sentido do político.
Imagens: Divulgação
